segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

PROPOSTA DE AVALIAÇÃO

Procedimento de avaliação para localizar os pontos de estrangulamento das atividades didático-pedagogicas.

* quantitativa, formada por 15 quesitos que seriam respondidos tanto por alunos quanto por professores. Em cada um desses quesitos, os alunos atribuiriam nota individual (de um a cinco) aos professores; estes, por sua vez, atribuiriam nota (também de um a cinco) para cada disciplina que lecionam, levando em conta a sua própria percepção do trabalho que desenvolvem. São quesitos que tratam de problemas que considero fundamentais para que se possa perceber o que está ocorrendo em sala de aula com a prática didático-pedagógica do corpo docente. Neste primeiro estágio da avaliação, ao final, teríamos que identificar três possibilidades:

A. uma curva de aproximação de notas baixas entre a avaliação feita pelos alunos e a avaliação feita pelo professor;
B. uma curva de aproximação de notas altas entre a avaliação feita pelos alunos e a avaliação feita pelo professor;
C. duas curvas divergentes, para cima ou para baixo, que demonstrassem que a percepção dos alunos e a dos professores não são coincidentes.

Obs: um tal questionário, para que fosse representativo, não poderia ser respondido por uma quantidade inferior a 50% dos alunos do curso. A partir das respostas, teríamos um mapa do grau de insatisfação/satisfação de alunos e de professores a respeito dos assuntos abordados nas questões. E, em cada caso, um perfil de aproximação ou de distanciamento em relação à média.
Vale lembrar: tudo isso é muito simples de ser feito, mas os resultados seriam expressivos para que a coordenação e a chefia do departamento localizassem onde é que estão alguns dos pontos de estrangulamento das atividades do curso. Por isso, peço que vcs leiam com atenção as questões: é nelas que reside a essência do problema. Acho que elas estão longe da superficialidade de uma mera avaliação quantitativa.

* qualitativa, formada por cinco quesitos para a discussão de grupos de observação formados em cada uma das turmas e de grupos formados por professores. Esses grupos seriam compostos de forma aleatória no caso dos alunos, mas não poderiam ser inferiores a 30% de uma turma. Para os professores, o percentual teria que ser o maior possível. As questões, como vcs vão perceber, se afastam da avaliação docente e se aproximam da avaliação institucional. Os grupos seriam acompanhados por uma dupla de coordenadores da discussão, que se responsabilizaria pela apresentação de relatórios que dessem conta de três possibilidades para cada uma das questões:

A. há um consenso de satisfação tanto de professores quanto de alunos;
B. há um consenso de insatisfação dos dois grupos;
C. não há consenso, isto é, ou alunos ou professores têm percepção diferenciada sobre os problemas apontados.

Também neste caso, os relatórios serviriam como instrumento de identificação dos "nós" em que o curso de movimenta.

Esclareço: o conteúdo das questões é de minha autoria; mas a idéia do quadro de quesitos do primeiro bloco (quantitativo) foi tomada de empréstimo de avaliações feitas em outras instituições.

As perguntas foram feitas a partir de problemas que apresentados por professores e alunos nas assembléias que realizamos este mês. E também a associação das respostas dadas pelos docentes aos mesmos quesitos apresentados aos estudantes.

Na parte qualitativa, os temas são bastante abrangentes e certamente
permitirão traçar um primeiro perfil dos problemas institucionais que o
curso enfrenta.


PUC
PROPOSTA DE AVALIAÇÃO

QUANTITATIVA

AVALIAÇÃO DO TRABALHO DOCENTE


I. PLANEJAMENTO DAS ATIVIDADES DE ENSINO

QUESTÕES 1 2 3 4 5
1. Divulgação prévia da proposta da disciplina
2. Indicação de literatura pertinente à proposta da disciplina
3. Pertinência entre o conteúdo da aula e as leituras recomendadas
4. Sequenciamento dos temas tratados na aula e entre uma aula e outra
5. Utilização adequada do tempo da aula





II. PRÁTICA DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

QUESTÕES 1 2 3 4 5
1. Lógica na exposição da matéria ou no tratamento dos temas em análise
2. Relação com demais disciplinas
3. Relação com atividades práticas ou profissionais
4. Orientação e acompanhamen-to de atividades de pesquisa e leitura
5. Utilização de recursos didáticos pertinentes à matéria e/ou equipamentos
6. Atividades laboratoriais consequentes com a proposta da disciplina
7. Coerência dos critérios de avaliação e retorno dos resultados obtidos pelos alunos

III. RELACIONAMENTO COM OS ALUNOS

1. Normatização sobre o desenvolvimen-to das aulas (aferição de frequência, atrasos, disciplina etc)
2. Receptividade em relação às questões apresentadas sobre o conteúdo da matéria
3. Disposição para o diálogo informal





QUALITATIVA

• Formação aleatória, em cada turma, de grupos de observação, com o objetivo de discutir os seguintes quesitos:

1. Clareza quanto à proposta do curso;
2. Coerência entre as atividades didático-pedagógicas desenvolvidas e a proposta do curso;
3. Equilíbrio e interação na grade curricular entre conteúdos teóricos específicos do Jornalismo e conteúdos teóricos da área da Comunicação e das Ciências Humanas;
4. Coerência entre conteúdos e práticas das disciplinas laboratoriais;
5. Problemas de infraestrutura (salas de aula, equipamentos, laboratórios etc)


OBS:

A proposta apresentada toma como referência a avaliação que seria feita com os alunos, considerando-se sua validade a partir de um índice de 50% de participação, no caso dos itens fechados. Para a avaliação qualitativa, o grupo de observação deveria significar, no mínimo, 30% da classe. A observação seria feita e relatada por comissões formadas por alunos e professores.

Os mesmos procedimentos devem ser adotados com os professores, isto é, também eles responderiam às mesmas questões da avaliação quantitativa e formariam grupos de observação para a discussão dos mesmos quesitos da avaliação qualitativa.

Os resultados obtidos nas duas avaliações feitas pelos alunos deveriam ser cruzados com as duas avaliações feitas pelos professores, apontando-se assim os “nós” que pudessem servir de pontos estratégicos para a coordenação do curso.

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