segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O que ensinar nos seminários

Quem disse que uma apresentação se aprende espontaneamente? Um seminário possui uma série de procedimentos formais que devem ser abordados em sala. Primeiro, é preciso estudar a fundo o assunto a ser apresentado por meio de pesquisas e leituras. Em seguida, é necessário triar as informações e preparar a exposição, estruturando-a para que ela seja assimilada pelos colegas. Só então chega o momento de partir para a apresentação propriamente dita. Nessas etapas, há quatro aspectos que não podem ser esquecidos:
- Planejamento do texto: além de cuidar do conteúdo (uma preocupação comum a todas a situações comunicativas), um seminário exige a preocupação com a forma como as informações são passadas, que não pode ser a mesma usada com os colegas no dia-a-dia. Por isso, é necessário trabalhar as diferenças entre a língua formal e a informal.

- Estrutura da exposição: o conteúdo precisa ser apresentado de forma clara e coerente - o objetivo é facilitar a compreensão de seu sentido geral. Para que isso ocorra, o texto oral deve ter uma seqüência organizada: fase de abertura, introdução ao tema, desenvolvimento, conclusão e encerramento.
- Características da fala: o tom e a intensidade da voz do expositor devem criar um clima propício para a interação com a platéia.
- Postura corporal: olhares, gestos, expressões faciais e movimentos corporais são importantes para complementar as informações transmitidas pela fala. Esses recursos auxiliam a mobilizar a escuta atenta.

Psicólogo suíço Bernard Schneuwly
Considerado um dos maiores estudiosos sobre o Desenvolvimento da oralidade, ele defende que os gêneros da fala têm aplicação direta em vários campos da vida social - o do trabalho, o das relações interpessoais e o da política, por exemplo.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

10 REGRAS FÁCEIS PARA EDUCAR SEUS FILHOS:

1 – As atitudes no dia-a-dia são mais importantes que os conselhos.
Os filhos aprendem muito mais observando o comportamento dos pais do que os ouvindo.

2 – Demonstre afeto incondicional por seu filho. Isso não o tornará mimado.
É muito saudável abraçar e beijar os filhos, independentemente da idade.

3 – Envolva-se com a vida de seu filho.
A falta de monitoramento aumenta os riscos deles se envolverem com drogas, álcool e delinqüência e de gravidez precoce.

4 – Mude a forma de tratar a criança de acordo com as etapas de crescimento.
A técnica que funciona em determinada idade é um desastre em outra.

5 – Estabeleça regras e limites desde cedo.
Com o tempo, eles ajudam seu filho a administrar o próprio comportamento.

6 – Encoraje seu filho a se tornar independente.
Muitos pais, erroneamente, associam a busca por independência à rebeldia, à desobediência e ao desrespeito.

7 – Seja coerente.
Se as regras do jogo mudam a cada dia, ou são esquecidas, a culpa pelo mau comportamento é dos pais, não da criança.

8 – Evite castigos e agressões verbais
A punição é necessária, mas acompanhada de violência ela tem efeito nocivo a curto e a longo prazo.

9 – Explique suas regras e decisões e ouça o ponto de vista de seu filho.
Ele aceitará suas ordens com mais facilidade se entender que elas fazem sentido.

10 – Trate seu filho com respeito.
A criança trata os outros da forma como é tratada pelos pais.

São regras que não precisam ser seguidas ao pé da letra, mas consideram que eles fornecem uma boa margem de segurança a pais, que, de outra forma, estariam desorientados diante do desafio de criar seus filhos.

MORANGOS

Talvez, ao me ouvir falar em felicidade, você se pergunte se eu não tenho problemas, se tudo dá sempre certo para mim, se nunca passei por uma grande dificuldade que me tenha deixado marcas, como ocorre com a maioria das pessoas. É claro que sim, sou como todo mundo. Tenho angústias, fico estressado, as pessoas às vezes me traem,, mas eu procuro comer os morangos da vida.
Um sujeito estava caindo em um barranco e se agarrou às raízes de uma árvore. Em cima do barranco havia um urso imenso querendo devorá-lo. O urso rosnava, mostrava os dentes, babava de ansiedade pelo prato que tinha à sua frente. Embaixo, prontas para engolí-lo, quando caísse, estavam nada mais nada menos do que seis onças tremendamente famintas.
Ele erguia a cabeça, olhava para cima e via o urso rosnando. Quando o urso dava uma folga, ouvia o urro das onças, próximas dos seus pés. As onças embaixo querendo comê-lo e o urso em cima querendo devorá-lo. Em determinado momento, ele olhou para o lado esquerdo e viu um morango vermelho, lindo, com aquelas escamas dourado refletindo o sol. Num esforço supremo, apoiou seu corpo, sustentado apenas pela mão direita, e, com a esquerda, pegou o morango.
Quando pôde olhá-lo melhor, ficou inebriado com sua beleza. Então, levou o morango à boca e se deliciou com o sabor doce e suculento. Foi um prazer supremo comer aquele morango tão gostoso. Deu para entender? Talvez você me pergunte: Mas, e o urso? Dane-se o urso e coma o morango! E as onças?Azar das onças coma o morango! Se ele não desistir, as onças ou o urso desistirão.
Às vezes, você está em sua casa no final de semana, com seus filhos e amigos, comendo um churrasco. Percebendo seu mau humor, sua esposa ou seu marido lhe diz: Meu bem, relaxe e aproveite o Domingo!
E você, chateado, responde: Como posso curtir o Domingo se amanhã vai ter um monte de ursos querendo me pegar na empresa? Relaxe e viva um dia por vez: coma o morango. Problemas acontecem na vida de todos nós, até o último suspiro.
Sempre existirão ursos querendo comer nossas cabeças e onças a arrancar nossos pés. Isso faz parte da vida e é importante que saibamos viver dentro desse cenário. Mas nós precisamos saber comer os morangos, sempre. A gente não pode deixar de comê-los só porque existem ursos e onças. Você pode argumentar: Eu tenho muitos problemas para resolver. Problemas não impedem ninguém de ser feliz.
O fato de ter que conviver com chatos não é motivo para você deixar de gostar de seu trabalho. O fato de sua mulher estar com tensão pré-menstrual ou seu marido irritado com o dia-a-dia não os impede de tomar sorvete juntos. O fato de seu filho ir mal à escola não é razão para não dar um passeio pelo campo.
Coma o morango, não deixe que ele escape. Poderá não haver outra oportunidade de experimentar algo tão saboroso. Saboreie os bons momentos. Sempre existirão ursos, onças e morangos. Eles fazem parte da vida.
Mas o importante é saber aproveitar o morango. Coma o morango quando ele aparecer. Não deixe para depois. O melhor momento para ser feliz é agora. O futuro é uma ilusão que sempre será diferente do que imaginamos. As pessoas vêem o sucesso como uma miragem. Como aquela história da cenoura pendurada na frente do burro que nunca a alcança. As pessoas visualizam metas e, quando as realizam, descobrem que elas não trouxeram felicidade.
Então, continuam avançando e inventam outras metas que também não as tornam felizes. Vivem esperando o dia em que alcançarão algo que as deixará felizes. Elas esquecem que a felicidade é construída todos os dias. Lembre-se: A felicidade não é algo que você vai conquistar fora de você...
A felicidade é algo que vive dentro de você, de seu coração. A felicidade é a oportunidade que você cria para ser o artista de sua autocriação.

Por Roberto Shinyashiki



quarta-feira, 25 de agosto de 2010

S. UM NOVATO NA PSICOPEDAGOGIA

Apesar de toda a abrangência e complexidade do fenômeno da aprendizagem, a psicopedagogia caminha a passos largos para a busca de uma identidade, especificidade de ação, fundamentos teóricos e aplicabilidade. Ela se faz se faz necessária porque outras especialidades já não conseguiam responder aos desafios surgidos no âmbito das escolas da atualidade.
É um campo de estudo relativamente novo, mas tem a seu favor vários ramos da ciência mais amadurecidos, dando-lhe suporte para continuar com segurança.
A interligação de alguns campos da ciência já é bastante comum, tanto é que temos a psicolingüística, a neuropsicologia, a bioquímica, a neuroanatomia, a quimioterapia e tantos outros binômios científicos.
Psicopedagogia é apenas mais uma necessidade de fazer confluir conhecimentos para um ser humano que começa a ser visto holisticamente, em sua totalidade, com toda sua maravilhosa e desafiante complexidade.
É justamente nesta visão holística do ser humano que a psicologia transpessoal também pode dar sua contribuição á psicopedagogia, pois acrescenta mais um fator importante na compreensão do homem total. Ela aborda sua transcendência, aquilo que esta além do cognitivo, do emocional ou do social, oferecendo subsídios para uma educação que possa abranger corpo, mente e espírito.
Por mais estranho que possa parecer falar do aspecto espiritual do homem em psicologia, não há como negar essa dimensão transcendental do ser humano quando se esta buscando confluir conhecimentos sobre este objeto de estudo. Muitos conhecimentos da humanidade foram gerados pela via espiritual ou contemplativa do homem.
Claro que esta dimensão transcendental do homem torna mis complexo ainda o seu estudo, como se já não bastassem às outras dimensões das quais ma damos conta. Não obstante, são os desafios á inteligência que geram melhores e mais complexos conhecimentos.
A psicopedagogia, realmente, esta diante de grandes desafios e esta conquistando sistematicamente seu espaço para firmar-se como um ramo de conhecimento extremamente necessário nos tempos atuais, a despeito da complexidade da sua área de investigação e aplicabilidade.
Entretanto, se complexidade e amplitude de um objeto de estudo fossem barreiras ou desestímulos, o que seria da própria psicologia tendo diante de si um fenômeno chamado ser humano!

Referencias Bibliográficas:
BOSSA, Nádia. A Psicopedagogia no Brasil: Contribuições a partir da prática. Porto Alegre, Artes Médicas, 1994.
DELDINI, Roger e DEMOULIN, Richard. Introdução á psicopedagogia. Trad. De Germano Correia Botelho, São Paulo, EPU, 1987.
FAGALI, Eloisa Q. e VALE, Zélia Del Rio do. Psicopedagogia Institucional: a aprendizagem escolar dinâmica e construção em sala de aula. Petrópolis, Vozes, 1993.
VISCA, Jorge. Psicopedagogia: novas contribuições. Trad.de Andrea Morais e Maria Isabel Guimarães. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1991
SCOZ, Beatriz. Psicopedagogia e realidade escolar: o problema escolar e de aprendizagem. Petrópolis, Vozes, 1994.

domingo, 1 de agosto de 2010

A folha amassada


Quando criança, por causa de meu caráter impulsivo, tinha raiva à menor provocação.

Na maioria das vezes, depois de um desses incidentes me sentia envergonhado e me esforçava por consolar a quem tinha magoado.

Um dia, meu professor me viu pedindo desculpas, depois de uma explosão de raiva, e entregou-me uma folha de papel lisa e me disse:

Amasse-a!

Com medo, obedeci e fiz com ela uma bolinha.

- Agora, deixe-a como estava antes. Voltou a dizer-me.

Óbvio que não pude deixá-la como antes. Por mais que tentasse, o papel continuava cheio de pregas.

O professor me disse, então:

- O coração das pessoas é como esse papel. A impressão que neles deixamos será tão difícil de apagar como esses amassados.

Assim, aprendi a ser mais compreensivo mais paciente.

Quando sinto vontade de estourar, lembro daquele papel amassado.

A impressão que deixamos nas pessoas é impossível de apagar.

Quando magoamos alguém com nossas ações ou com nossas palavras, logo queremos consertar o erro, mas é tarde demais...

Alguém já disse, certa vez:

- Fale somente quando suas palavras possam ser tão suaves como o silêncio.

Mas não deixe de falar, por medo da reação do outro.

Acredite, principalmente em seus sentimentos!

“Seremos sempre responsáveis pelos nossos atos – nunca se esqueça”.

MENSAGEM REFLEXIVA: TRÊS ATITUDES:

Você se considera uma pessoa egoísta, orgulhosa, ou alguém que sempre busca praticar o bem?
Talvez a respostas para essa pergunta não seja tão fácil assim, por isso vamos fazer um análise dessas três atitudes considerando alguns quadros e circunstancias da vida diária:

Na sociedade:
O egoísmo faz o que quer.
O orgulho faz como quer.
O bem faz o que pode, acima das próprias obrigações.
No trabalho:
O egoísmo explora o que acha.
O orgulho oprime o que vê.
O bem produz incessantemente.
Na equipe:
O egoísmo atrai para si.
O orgulho pensa em si.
O bem serve a todos.
Na amizade:
O egoísmo utiliza as situações.
O orgulho clama por privilégios.
O bem renuncia ao próprio bem.
Na fé:
O egoísmo aparenta>
O orgulho reclama.
O bem ouve.
Na responsabilidade:
O egoísmo foge.
O orgulho tiraniza.
O bem colabora.
Na dor alheia:
O egoísmo esquece.
O orgulho condena.
O bem ampara.
No estudo:
O egoísmo finge que sabe.
O orgulho não busca saber.
O bem aprende sempre, para realizar o melhor.

Considerando essas três atitudes, você poderá avaliar qual é a que mais se destaca nas suas ações diárias.
Fazendo essa análise você poderá responder se é uma pessoa egoísta, orgulhosa ou que age de acordo com o bem.
Com a avaliação em mãos, considere o seguinte:
O egoísmo e o orgulho são dois corredores sombrios que conduzem ao vicio, a delinqüência e desgraça.
O bem é ampla e iluminada avenida que nos leva a conquista das virtudes sublimes e a felicidade que tanto desejamos, mas para isso não basta apenas admirar o bem ou divulgá-lo; é preciso, acima de tudo, praticá-lo com todas as forças da alma.
E a decisão entre uma atitude e outra cabe exclusivamente a cada um de nós. Não esqueça que o bem que se faz é o único trabalho que faz bem, e esse serviço em favor dos outros é a caridade única em favor de nós mesmos.
O bem é a alavanca capaz de libertar o homem dos vícios e levá-lo aos altos planos da harmonia consigo mesmo e com o mundo que o rodeia.
Assim, a pratica do bem é e sempre será nossa melhor atitude. Pratique o bem sempre...sempre.

O Bambu Amado



Era uma vez um maravilhoso jardim, situado bem no centro de um grande campo. O dono costumava passear pelo jardim, ao clarão do luar, à noite... Um belo bambu era para ele a mais bela e estimada de todas as árvores do seu jardim.

Ao seu olhar carinhoso, esse bambu crescia e se tornava cada vez mais formoso. Ele sabia que seu senhor o amava e que ele era sua alegria. Um dia, o dono, pensativo, aproximou-se do seu amado bambu e, num gesto de profunda veneração, o bambu inclinou sua cabeça imponente...

O senhor disse a ele:

– Querido bambu, eu preciso de você.

O bambu estava feliz, parecia ter chegado a grande hora de sua vida. Ele respondeu:

– Meu senhor, estou pronto, faze de mim o que quiseres!

– Bambu! – a voz do senhor era grave – Bambu, só poderei usá-lo, se eu o podar.

– Podar? A mim, senhor?! Por favor, não faças isso! Preserve a minha bela figura. Tu vês como todos me admiram, me elogiam!

– Meu bambu amado – a voz do senhor tornou-se ainda mais grave – não importa que o papariquem ou não... seu não o podar não poderei usá-lo...

No jardim tudo ficou silencioso. O vento segurou a respiração. Finalmente o lindo bambu se inclinou e sussurrou:

– Senhor, se não podes usar sem podar-me... então, faze comigo o que quiseres!

– Meu querido bambu – tornou o senhor – devo também cortar as suas folhas!

– Óh, senhor, se me amas, preserva-me de tal mal!! Podes destruir minha beleza, mas, por favor, deixa as minhas folhas!

– Não o posso usar se não arrancar-lhe as folhas.

A lua e as estrelas, confusas, escondem-se atrás das nuvens... Algumas borboletas e pássaros, que por ali brincavam, afastaram-se assustados. O bambu, meio trêmulo, à meia voz, disse:

– Senhor, corta-as!

Mas o senhor disse:
– Ainda não basta meu querido bambu. Devo cortá-lo pelo meio e tomar também seu coração. Se não fizer isso não poderá ser-me útil.

– Por favor, Senhor – disse o bambu – eu não poderei mais viver... Como viver sem o coração?

– Devo tirar seu coração, caso contrário não me serás útil.

Então o bambu inclinou-se até o chão e disse:

– Corta-me e divide-me se assim o desejares!

O senhor desfolhou o bambu... decepou os seus galhos... partiu-o em duas partes... tirou-lhe o coração. Depois, levou-o para o meio do campo ressequido, a uma fonte onde jorrava água fresca. Lá o senhor deitou cuidadosamente o seu querido bambu no chão. Ligou uma das extremidades do tronco decepado à fonte e a outra ele levou para o campo. E a fonte cantou as boas vindas

As águas cristalinas precipitaram-se alegres pelo corpo dilacerado do bambu, correram sobre os campos tórridos e áridos, que por elas tanto tinham suplicado... Ali plantou-se o trigo, o arroz, o milho, rosas... e outras flores das mais variadas espécies e cores.

Os dias passaram, a sementeira brotou, cresceu e veio o tempo da colheita... farta e abundante. Assim, o maravilhoso e esbelto bambu. No seu aniquilamento e humildade, transformou-se numa benção especial.
Quando ele era belo e jovem, crescia somente para si e se alegrava com sua própria formosura. Agora, no seu despojamento, ele se tornou o canal do qual o senhor se serviu para tornar fecundas as suas terras... e muitos, muitos passaram a viver do pródigo tronco do bambu amado.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

IRMÃ MATEMATICA E IRMÃ LÓGICA

DUAS FREIRAS SAIRAM DO CONVENTO PARA VENDER BISCOITOS, UMA ERA CONHECIDA COMO IRMÃ LÓGICA (L) E A OUTRA COMO IRMÃ MATEMÁTICA (M):

M- ESTA FICANDO ESCURO E NÓS AINDA ESTAMOS LONGE DO CONVENTO!!!

L- VOCE REPAROU QUE UM HOMEM ESTA NOS SEGUINDO A MEIA HORA?

M- SM, O QUE SERÁ QUE ELE QUER?

L- É LOGICO QUE ELE QUER NOS ESTRUPAR

M- OII NÃO! SE CONTINUAR NESTE RITMO ELE IRA NOS ALCANÇAR EM NO MÁXIMO 15 MINUTOS. O QUE VAMOS FAZER?

L- A ÚNICA COISA LÓGICA A FAZER É ANDARMOS MAIS RAPIDO!!!

M- NÃO ESTA FUNCIONANDO.

L- CLARO QUE NÃO! ELE FEZ A ÚNICA COISA LOGICA A FAZER ELE TAMBEM, COMEÇOU A ANDAR MAIS RÁPIDO.

M- E AGORA O QUE VAMOS FAZER? ELE NOS ALCANÇARA EM 1 MINUTO!

L- A ÚNICA COISA LOGICA QUE NOS RESTA A FAZER É NOS SEPARAR! VOCE VAI PARA AQUELE LADO E EU VOU PARA ESTE LADO.ASSIM ELE NÃO PODERA SEGUIR NÓS DUAS.

- ENTAO O HOMEM DECIDIU SEGUIR A IRMA LOGICA. A IRMA MATEMATICA CHEGOU AO CONVENTO PREOCUPADA COM O QUE PODERIA TER ACONTECIDO A IRMA LOGICA. PASSADO UM BOM TEMPO, EIS QUE CHEGA A IRMA LOGICA.

M- IRMA LOGICA!! GRAÇAS A DEUS QUE CHEGOU! CONTE-ME O QUE ACONTECEU!!!

L-ACONTECEU O LOGICO O HOMEM NÃO PODIA SEGUIR NOS DUAS ENTÃO ELE OPTOU POR ME SEGUIR.

M-SIM, MAS O QUE ACONTECEU DEPOIS?

L- O LÓGICO, EU COMECEI A CORRER O MAIS RAPIDO QUE PODIA E ELE CORREU O MAIS RAPIDO QUE PODIA TAMBEM.

M- E?

L- NOVAMENTE ACONTECEU O LOGICO: ELE ME ALCANÇOU.

M- O MEU DEUS! O QUE VOCE FEZ?

L- EU FIZ O LÓGICO, LEVANTEI O MEU HÁBITO.

M- OH, IRMÃ! O QUE O HOMEM FEZ?

L- ELE TAMBEM FEZ O LÓGICO E ABAIXOU AS CALÇAS.

M- OH NÃO! O QUE ACONTECEU DEPOIS?

L- NÃO É ÓBVIO, IRMÃ? UMA FREIRA COM O HÁBITO LEVANTADO CONSEGUE CORRER MUITO MAIS RÁPIDO DO QUE UM HOMEM COM AS CALÇAS ABAIXADAS!!!!!

MENTE POLUIDA!!!
REZE 20 AVE-MARIAS E 10 PAI NOSSO!!

PROJETO LER COM PRAZER

INTRODUÇÃO

Ao entrar na escola independentemente do domínio da palavra escrita, já é capaz de falar sobre sua experiência e o mundo que a rodeia. Essa Expressão é a manifestação de uma leitura de realidade que já faz e continua fazendo dentro e fora da escola.
Percebendo isso então, a escola municipal Manoel Fidelis da Silva contribuindo no processo de desenvolver a leitura interpretativa e escrita aos alunos de 5º a 8º series deve tornar as aulas um ambiente motivador e estimulador no sentido de desempenhar nela o interesse sempre crescente pela leitura e escrita. Porém que sejam atividades que proporcionem agradáveis e interessantes aprendizagens para os educandos no intuito de que possam ler os seus meios e interpretar a realidade que os cercam de maneira inteligente, consciente e critica.
JUSTIFICATIVA

Diante dos resultados vivenciados e percebendo a grande dificuldade na leitura, interpretação e escrita dos alunos é que propôs criar o projeto ler com prazer buscando concretizar o desafio do domínio das habilidades da leitura interpretação da escrita que este inserido na proposta pedagógica da escola.
Propomos desenvolver esse projeto, reconhecendo que ler e escrever é fundamental para a vida pessoal e social do educando. Que ler e aprender é compreender e produzir sentidos. Vistos que nosso alunado esta diante de um cabedal de conhecimento somos conscientes de que há necessidade de um esforço competente na leitura e escrita dos alunos da escola Manoel Fidelis da Silva.
Neste projeto pensamos em dinamizar a leitura como leitura do mundo e não simplesmente como leitura de palavras, como maior parte de vezes ela tem sido praticada. Por isso o reforço a leitura e a escrita em nosso projeto visam ensinar a dar condições ao alunado de se inserir nesta construção como produtor de novos conhecimentos. Favorecendo os seus crescimentos culturais, intelectuais, artísticos, e sociais enquanto cidadãos dinâmicos, participativos e leitor da realidade.

OBJETIVO GERAL

Elevar o nível de aprendizagem do aluno nas diversas áreas de conhecimento, priorizando a leitura, interpretação e a escrita como fonte de informação.

OBJEITVOS ESPECIFICOS

• Estimular de forma criativa a formação do habito de leitura e escrita explorando a intertextualidade através de textos orais e escritos nas diversas disciplinas.
• Promover em sala de aula a pratica de produção de textos, favorecendo o desenvolvimento do aluno no que se refere ao domínio ativo da linguagem oral e escrita.
• Promoção de ações que estimulem o interesse dos alunos pela utilização das bibliotecas escolares existentes, semeando o potencial desse espaço nas escolas.

EXECUÇÃO E RECURSOS

A realização dos trabalhos levara em conta a diversidade na construção do conhecimento de cada um, considerando as estratégias de aprendizagem e os métodos utilizados para ensiná-los. Através de aplicação diagnostica do nível de leitura e da escrita do aluno.

• Leitura em livros, jornais, revistas etc.
• Produções textuais
• Criação de jornal da escola
• Criação de pecas teatrais, produção de parodias e poesia
• Criação de historia em quadrinho
• Elaboração de convites e cartazes dos eventos e festividades da escola.
• Gincana interclasses
• DVD
• Avaliação das atividades realizadas e retomadas do projeto.


RESULTADOS ESPERADOS

Estimular em pelo menos 70% dos alunos o hábito de ler e escrever com prazer, reflexão e criticidade.
Os alunos com acentuada defasagem na leitura e escrita sejam capazes de dominar com mais rapidez os conteúdos do currículo desde que trabalhando adequadamente e colocados num ambiente motivador.
Que ao final do projeto estejam sabendo criar e recriar suas produções nas diversas áreas do conhecimento, já que se tornaram através desse exercício cidadãos conscientes de que a leitura e a escrita são veículos importantíssimos na formação do homem para aprender e compreender o mundo, e assim melhorar a qualidade da educação.

AVALIAÇÃO

Através da participação coletiva e individual.
Envolvimento nas produções escritas.
Observação das falas, atitudes nas dramatizações e descrições.
REFERENCIAS

• SOLÉ Isabel – Estratégias de Leitura 6ª edição editora Artes Médicas Sul Ltda.
• VARELLA Noely Klein – Leitura e Escrita Temas pra reflexão –Editora -Premier
• VIVA LEITURA - Projeto 2003

PROJETO LER COM PRAZER

INTRODUÇÃO

Ao entrar na escola independentemente do domínio da palavra escrita, já é capaz de falar sobre sua experiência e o mundo que a rodeia. Essa Expressão é a manifestação de uma leitura de realidade que já faz e continua fazendo dentro e fora da escola.
Percebendo isso então, a escola municipal Manoel Fidelis da Silva contribuindo no processo de desenvolver a leitura interpretativa e escrita aos alunos de 5º a 8º series deve tornar as aulas um ambiente motivador e estimulador no sentido de desempenhar nela o interesse sempre crescente pela leitura e escrita. Porém que sejam atividades que proporcionem agradáveis e interessantes aprendizagens para os educandos no intuito de que possam ler os seus meios e interpretar a realidade que os cercam de maneira inteligente, consciente e critica.
JUSTIFICATIVA

Diante dos resultados vivenciados e percebendo a grande dificuldade na leitura, interpretação e escrita dos alunos é que propôs criar o projeto ler com prazer buscando concretizar o desafio do domínio das habilidades da leitura interpretação da escrita que este inserido na proposta pedagógica da escola.
Propomos desenvolver esse projeto, reconhecendo que ler e escrever é fundamental para a vida pessoal e social do educando. Que ler e aprender é compreender e produzir sentidos. Vistos que nosso alunado esta diante de um cabedal de conhecimento somos conscientes de que há necessidade de um esforço competente na leitura e escrita dos alunos da escola Manoel Fidelis da Silva.
Neste projeto pensamos em dinamizar a leitura como leitura do mundo e não simplesmente como leitura de palavras, como maior parte de vezes ela tem sido praticada. Por isso o reforço a leitura e a escrita em nosso projeto visam ensinar a dar condições ao alunado de se inserir nesta construção como produtor de novos conhecimentos. Favorecendo os seus crescimentos culturais, intelectuais, artísticos, e sociais enquanto cidadãos dinâmicos, participativos e leitor da realidade.

OBJETIVO GERAL

Elevar o nível de aprendizagem do aluno nas diversas áreas de conhecimento, priorizando a leitura, interpretação e a escrita como fonte de informação.

OBJEITVOS ESPECIFICOS

• Estimular de forma criativa a formação do habito de leitura e escrita explorando a intertextualidade através de textos orais e escritos nas diversas disciplinas.
• Promover em sala de aula a pratica de produção de textos, favorecendo o desenvolvimento do aluno no que se refere ao domínio ativo da linguagem oral e escrita.
• Promoção de ações que estimulem o interesse dos alunos pela utilização das bibliotecas escolares existentes, semeando o potencial desse espaço nas escolas.

EXECUÇÃO E RECURSOS

A realização dos trabalhos levara em conta a diversidade na construção do conhecimento de cada um, considerando as estratégias de aprendizagem e os métodos utilizados para ensiná-los. Através de aplicação diagnostica do nível de leitura e da escrita do aluno.

• Leitura em livros, jornais, revistas etc.
• Produções textuais
• Criação de jornal da escola
• Criação de pecas teatrais, produção de parodias e poesia
• Criação de historia em quadrinho
• Elaboração de convites e cartazes dos eventos e festividades da escola.
• Gincana interclasses
• DVD
• Avaliação das atividades realizadas e retomadas do projeto.


RESULTADOS ESPERADOS

Estimular em pelo menos 70% dos alunos o hábito de ler e escrever com prazer, reflexão e criticidade.
Os alunos com acentuada defasagem na leitura e escrita sejam capazes de dominar com mais rapidez os conteúdos do currículo desde que trabalhando adequadamente e colocados num ambiente motivador.
Que ao final do projeto estejam sabendo criar e recriar suas produções nas diversas áreas do conhecimento, já que se tornaram através desse exercício cidadãos conscientes de que a leitura e a escrita são veículos importantíssimos na formação do homem para aprender e compreender o mundo, e assim melhorar a qualidade da educação.

AVALIAÇÃO

Através da participação coletiva e individual.
Envolvimento nas produções escritas.
Observação das falas, atitudes nas dramatizações e descrições.
REFERENCIAS

• SOLÉ Isabel – Estratégias de Leitura 6ª edição editora Artes Médicas Sul Ltda.
• VARELLA Noely Klein – Leitura e Escrita Temas pra reflexão –Editora -Premier
• VIVA LEITURA - Projeto 2003

EDUCAÇÃO AMBIENTAL: UMA EXPERIÊNCIA PEDAGÓGICA NO PASSA E FICA

A natureza é a fonte de todos os recursos que necessitamos para viver. É um patrimônio que possibilita aos seres humanos uma vida saudável. Nos últimos séculos, um modelo de civilização se impôs, trazendo a industrialização, com sua forma de produção e organização do trabalho levando a necessidade de estimular o consumo. Para dar conta da produção em massa a economia capitalista teve de criar a sociedade de consumo. O meio ambiente foi o primeiro a sofrer as conseqüências desta aceleração na produção e no consumo. A sociedade humana, especialmente nas áreas urbanas, vivencia, diariamente, os efeitos do uso abusivo dos recursos naturais, na medida em que a produção e o consumo se aceleram e a produção de lixo se transforma num grande problema. O presente trabalho teve objetivo esclarecer, conscientizar e ensinar alunos das Escolas públicas e privadas do município de Passa e Fica – RN, localizado na Mesorregião do Agreste Potiguar, sobre a necessidade de preservação, conservação e manutenção do meio ambiente livre dos resíduos sólidos produzidos pela sociedade e posteriormente, adotar um sistema de coleta seletiva de quatro materiais recicláveis: Lata de alumínio, plástico, papel e vidro, como também buscar medidas adequadas para o lixo orgânico provenientes do resto de alimentos. Sabemos que vários avanços foram realizados para amenizar os problemas decorrentes do lixo, como a deposição do lixo em áreas monitoradas, como os aterros sanitários, mas sua vida útil é curta, se considerarmos a capacidade de produção dos resíduos sólidos pela sociedade moderna.
Introdução
A natureza é a fonte de todos os recursos que necessitamos para viver. É um patrimônio que possibilita aos seres humanos uma vida saudável. À medida que a humanidade aumenta sua capacidade de intervir na natureza para a satisfação de necessidades e desejos crescentes, surgem tensões e conflitos quanto ao uso do espaço e dos recursos em função da tecnologia disponível, assim, agredindo o meio ambiente estamos iniciando um processo de destruição.
Nos últimos séculos, um modelo de civilização se impôs, trazendo a industrialização, com sua forma de produção e organização do trabalho levando a necessidade de estimular o consumo. Para dar conta da produção em massa a economia capitalista teve de criar a sociedade de consumo.
A propaganda entrou de sola para nos convencer de que mais importante do que “ser” é “ter”. Milhares de produtos chegam aos mercados diariamente, dos mais aos menos sofisticados, e num curto período outros produtos são lançados e suas vantagens e superioridades são apresentadas ao mercado.
Para Scarlato & Pontin (1992, p.52), “Os habitantes da nova sociedade, principalmente aqueles das grandes concentrações urbanas, dispõem de uma gama muito variada de artigos de consumo, para isso, limitam-se a acrescentar pequenas modificações em modelos antigos, que são acondicionados em novas e atraentes embalagens”.
A obsolescência tecnológica e a vida útil das mercadorias da revolução técnico – científica são quase tão velozes quanto à capacidade de comunicação dos tempos modernos. Com tremenda rapidez somos convidados a substituir artigos “velhos” por “novos”.
O que aconteceu com o meio ambiente
O meio ambiente foi o primeiro a sofrer as conseqüências desta aceleração na produção e no consumo. Mas a sociedade humana, especialmente nas áreas urbanas, vivencia, diariamente, os efeitos do uso abusivo dos recursos naturais, na medida em que a produção e o consumo se aceleram e a produção de lixo se transforma num grande problema.
Sabemos que vários avanços foram realizados para amenizar os problemas decorrentes do lixo, como a ordenação da deposição do lixo em áreas monitoradas, como os aterros sanitários, mas sua vida útil é curta, se considerarmos a capacidade de produção dos resíduos sólidos pela sociedade moderna. Além disso, o lixo produzido é recurso jogado, literalmente, fora, árvores derrubadas, minérios extraídos do subsolo, alimentos desperdiçados.
O processo de decomposição da matéria orgânica tem início em poucas horas e os inorgânicos levarão até séculos para serem absorvidos pela a natureza.

Parece-nos que uma solução bastante razoável, a partir da qual se leva em conta, ao menos, a redução do uso de recursos naturais e os problemas relativos ao destino do lixo, são a seleção e reaproveitamento de materiais.
Em várias partes do mundo e em algumas localidades do Brasil a coleta seletiva é uma realidade. Com ela dá-se a determinados materiais um destino mais proveitoso e ecologicamente correto, a reciclagem, considerada a mais adequada, por razões ecológicas e econômicas (SCARLATO & PONTIN, 1992, p.58).
Segundo dados do IBGE (2000), 70% do lixo são destinados aos lixões e alagados, 20% são lançados diretamente nas vias públicas e apenas 5% são selecionados. Assim, 90% do lixo que é jogado não recebem tratamento adequado nos lixões.
Considerado como uma forma mais antiga de disposição do lixo, o lixão se constitui a maneira mais usada no mundo e no Brasil, e vem trazendo cada vez mais inúmeros problemas ao meio ambiente entre eles o surgimento de maus odores e, principalmente a poluição do solo, das águas superficiais e subterrâneas através do chorume, além da proliferação de doenças através de vetores como: as moscas, mosquitos, baratas, ratos etc. que acarretam vários problemas à saúde da população.
A importância da Educação Ambiental
Desde a Cúpula da Terra, realizada há dez anos no Rio de Janeiro, que a preocupação de escala internacional sobre a Educação Ambiental vem-se acentuando. Entidades ambientalistas profissionalizam-se, organizam-se e têm-se mostrado instituições com grande responsabilidade na preservação do planeta. No entanto tudo isso ainda é pouco. Apenas uma progressiva conscientização sobre a questão ambiental, uma mudança de mentalidade, aliada á busca de novas tecnologias, pode levar-nos a preservar o lugar em que vivemos. Diante dessa realidade, a Educação Ambiental vem sendo considerada cada vez mais urgente e de grande relevância para a sociedade atual. Preservação, conservação, desenvolvimento sustentável, qualidade de vida, são conceitos que devem fazer parte do nosso cotidiano.
A educação ambiental surge como objetivo de suprir uma necessidade de ação, entre missionária e utópica, destinada a reformular comportamentos humanos e recriar valores perdidos ou jamais alcançados (AB’SABER, 2000).
Acreditamos que somente quando o cidadão se incluir e perceber seu espaço vivido na tão debatida questão ambiental é que começará a agir mais adequadamente. Neste caso, a escola tem grande contribuição a dar na construção da consciência ambiental, preparando futuros cidadãos a perceber este espaço e atuar sobre ele de forma mais consciente. Além disso, a criança e o jovem que estão na escola funcionam como agentes multiplicadores de atitudes, por assim dizer, ecologicamente correta. A escola deve funcionar como “laboratório” onde se pode sempre experimentar. A Educação Ambiental é necessária para alcançar tal objetivo. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB, nº 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996, estabelece:
A educação ambiental será considerada na concepção dos conteúdos curriculares nacionais de todos os níveis de ensino (...) implicará desenvolvimento de hábitos e atitudes sadias de conservação ambiental e respeito à natureza a partir do cotidiano a vida escolar e da sociedade.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN’s (Meio Ambiente/Saúde), de 1997, estabelece:
O trabalho de educação ambiental deve ser considerado a fim de ajudar os alunos a construírem uma consciência global das questões relativas ao meio para que possam assumir posições afinadas com os valores referentes à sua proteção e melhoria.
Partindo destes pressupostos, o presente trabalho teve objetivo esclarecer, conscientizar e ensinar alunos (crianças, jovens e adultos) das Escolas públicas e privadas do município de Passa e Fica – RN, localizado na Mesorregião do Agreste Potiguar, sobre a necessidade de preservação, conservação e manutenção do meio ambiente livre dos resíduos sólidos produzidos pela sociedade e posteriormente, adotar um sistema de coleta seletiva de quatro materiais recicláveis: Lata de alumínio, plástico, papel e vidro, como também buscar medidas adequadas e soluções para o lixo orgânico provenientes do resto de alimentos.
Fazendo e refletindo Educação Ambiental no município de Passa e Fica - RN
O projeto foi realizado em duas etapas. Primeiramente, aconteceram à fase do planejamento, pesquisa bibliográfica, e reuniões com a equipe docente das escolas participantes. Ao longo das reuniões, aconteceram a elaboração do material informativo, visitas “in loco” ao lixão da cidade, capacitação dos professores, reavaliação das unidades didáticas, metodologias de trabalho dentro e fora da sala de aula, entre outras atividades.
A capacitação dos professores ocorreu no período de 03 de março a 21 de abril de 2002, totalizando cinco encontros, com periodicidade quinzenal, aos domingos, com carga horária total de 20 horas-aulas (4 horas – conceitual e 16 horas – atividades práticas), onde foram realizadas palestras, gincanas, desenvolvimentos de atividades, que posteriormente seriam realizadas com os alunos.
Na segunda etapa, aconteceram as atividades dentro e fora da sala de aula, foram trabalhadas por todo o corpo docente das escolas participantes e concentradas no período de três meses. Nesse período, foram realizadas visitas “in loco” ao depósito de lixo da cidade, onde os alunos e professores observaram a deposição dos resíduos sólidos e seus possíveis impactos ao ambiente local. Foram feitas também, visitas domiciliares com os alunos com o propósito de sensibilizar e divulgar o projeto através da distribuição de folhetos informativos sobre a importância da coleta seletiva e orientações à sociedade para separar corretamente os materiais recicláveis.
Resultados preliminares
Ao término deste trabalho, evidenciaram-se comprometimento e mudanças de atitudes e comportamentos por parte dos alunos e do corpo docente, exemplos efetivos de cidadãos comprometidos com um ambiente saudável.
É preciso ainda, que a sociedade reivindique junto ao poder público, responsável pela limpeza pública municipal, soluções que possam amenizar e/ou solucionar a problemática do lixo, através de projetos de Educação Ambiental, oficinas e cursos voltados para a capacitação e aperfeiçoamento na área.
Ao fim dessas considerações, pode-se concluir que a formação da consciência ambiental de nossa juventude e o desenvolvimento do exercício de sua cidadania passa pela transformação da “escola informadora” em “escola formadora”. Esta será capaz de construir uma consciência ambiental efetiva. Este é o desafio que o início do século XXI coloca para a Escola enquanto “espaço” de exercício de cidadania.

FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO DO PROFESSOR

FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO DO PROFESSOR
Séries
Professor
Instituição
Coordenador
ASPECTOS OBSERVADOS
CONCEITO
Ótimo Bom Regular Insuficiente
1. Assiduidade
2. Pontualidade
3. Postura e apresentação pessoal
4. Responsabilidade no desempenho das atividades
5. Uso adequado de recursos didáticos
6. Capacidade de expressão oral
7. Domínio de conteúdo
8. Criatividade
9. Facilidade no relacionamento com pessoas
10. Iniciativa e entusiasmo nas atividades
11. Capacidade de inovações
12. Segurança no desempenho das atividades
13. Capacidade de cooperação
14. Postura ética adequada à formação
15. Uso de avaliação processual
OBSERVAÇÕES

Data
Coordenador
Assinatura e carimbo

Quem sou eu

Uma pessoa ativa, entusiasmada e motivada a procurar novos projetos, novas atividades.
cabeça sempre funcionando a mil por hora sou como um camaleão e me comporto conforme a situação. Tenho “jogo de cintura”. Juntar tudo isso em um termo só é no mínimo muita pretensão. Não sou uma. Sou “várias”, sou múltipla.
O meu lado filial não existe mais. E em função disso, todo um mundo de responsabilidades se despejou em cima de mim. E felizmente, outra faceta de minha personalidade aflorou com os anos: tolerância, paciência e empatia.
Tenho a minha porção doméstica Cuido principalmente do equilíbrio financeiro que é o mais difícil.
Amo livros, sei das novidades, dos lançamentos, mas não posso ter meus livros preferidos e necessários para me dar mais bagagem cultural. O dinheiro não dá.
Administração financeira tenho que conhecer. Sou eu quem compra, quem usa racionalmente luz, água. Tenho que dividir meus gastos com coisas essenciais e não essenciais. Entra aí uma escala de valores que é minha, pessoal. Não abdico de livros. Não dá para viver sem telefone, sem celular sem computador, porque é nele que todo o meu trabalho se desenrola, sem Internet, que me liga ao mundo, sem uma TV ,estou sem carro provisoriamente...
Estou diferente. Muito empolgada com o que gosto, e faço questão de dividir com amigos tudo o que sei, o que aprendo e do que tomo conhecimento como coisa boa.
Perdi a timidez que sempre me caracterizou. Acho que porque estou mais segura por aquilo que estudo e sei. Falo com qualquer pessoa porque sempre tenho assunto. Perdi completamente o pouco preconceito que por ventura tinha. Preto, branco, amarelo, rico, pobre, famoso, desconhecido, gay....só não tolero muito burrice e ignorância. Perco um pouco a paciência.
Fiquei tolerante até demais. Acho desculpa em tudo e para tudo. Não julgo antes de ouvir as duas partes. ESTOU FICANDO SÁBIA. Prefiro pensar que qualidades e defeitos afloram com o tempo.
Acho-me CIUMENTA – não gosto de dividir as pessoas de que gosto, amigos principalmente com outras. Isso me torna POSSESSIVA. Consciente disso, estou procurando administrar esse comportamento.
GOSTO DE:.
- Literatura – gostaria de ter mais tempo para ler e mais dinheiro para comprar livros. Sou eclética. Leio de tudo e não gosto de ler livros emprestados. Rabisco, marco, anoto, comento e sempre preciso de uma ou outra informação do livro em questão. E fico frustrada quando não o tenho.
Tenho uma grande ANSIEDADE EM TRANSMITIR AOS OUTROS AQUILO QUE SEI. Senão, não tem sentido acumular conhecimentos.
GOSTO de dar presentes. Sempre gostei..
NÃO GOSTO de gente mal educada
NÃO GOSTO de falta de respeito, de irresponsabilidade.
NÃO GOSTO de conversa fiada, “abobrinhas”.
De resto, tudo está muito bem comigo. Sou MUITO FELIZ com o que tenho e não fico desejando o difícil e impossível.
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COMUNICAÇÃO E EDUCAÇÃO

Os anos passam, o mundo modifica-se e a linguagem continua sendo o principal suporte de ensino, o que torna a escola, por si só, um espaço de comunicação. Não é possível pensar em educação sem pensar em comunicação. Como instrumento, como meio, nascem de necessidades humanas.
Toda educação faz-se através da comunicação, seja ela falada, escrita ou gesticulada. Através da troca, do compartilhamento de idéias, sentimentos, da transmissão e da recepção de informação, vamos constituindo e construindo a nossa história e a história da humanidade. O que pensamos e o que somos é resultado da nossa educação, que passa pelas nossas possibilidades de comunicação.
A educação e a comunicação são processos inseparáveis e a relação entre elas é bastante complexa. Elas são inerentes ao processo de humanização. E como necessidade humana, elas podem ser exploradas tanto para a libertação como para a manipulação.
É impressionante como na escola, lugar por excelência de crescimento e educação, a comunicação tem sido tão mal explorada. As melhores empresas do mundo há tempos vêm se debruçando sobre a questão para garantir seu espaço no mercado; várias são as publicações e estudos a respeito do assunto, indicando a mesma como chave do sucesso. E a escola? Qual o espaço, o tempo que tem tirado para discussão e estudo sobre o assunto? Pode-se dizer que a escola de hoje será tanto mais eficiente, quanto maior for sua capacidade de explorar e desenvolver a comunicação.
O ser humano nasce predisposto para a comunicação nos diversos níveis em que ela pode acontecer. Choramos, gesticulamos, cantamos, ouvimos, posicionamos o corpo, etc. São incontáveis as formas encontradas pelo ser humano para se fazer entender e estabelecer contatos, dar ou receber alguma informação.
A comunicação mais primitiva entre as pessoas acontece no plano físico: é o contato da criança com a mãe. Esse primeiro contato leva a criança à percepção de que ela não está sozinha no mundo e que necessita da comunicação para se fazer entender. Daí por diante, todos os nossos contatos nos ajudam a superar a solidão do dia-a-dia, a estabelecer relações, a nos tornar mais humanos.
O desenho, a escrita, a comunicação telegráfica, radiofônica, televisiva e midiática são alguns dos caminhos percorridos pelo homem na tentativa de conseguir maior eficiência no processo da comunicação.
A comunicação é um processo ou sucessão de fenômenos ligados à troca de mensagens. O sucesso ou fracasso na comunicação não pode ser atribuído a um único fator, uma vez que no processo de comunicação intervêm vários elementos (emissor, receptor, codificação, ruídos...).
Um exemplo conhecido que demonstra a complexidade da comunicação é o jogo do “telefone sem fio”, no qual uma pessoa sussurra uma mensagem no ouvido de outra, que sussurra a mensagem à próxima, e assim por diante. Inevitavelmente, quando a última pessoa diz a mensagem em voz alta, ela é bastante diferente da primeira a ser sussurrada. O emissor pode mandar uma mensagem, mas os receptores podem “ouvir” ou receber uma mensagem diferente.
Desta forma, não basta assegurar que a comunicação ocorra, é preciso fazer com que o conteúdo seja efetivamente aprendido pelos envolvidos no processo, para que estes estejam em condições de usar o que é informado de forma eficaz.
O trabalho permeado pelo diálogo, pela escuta é muito importante, pois a comunicação interpessoal, que se dá na constituição dos relacionamentos, é imprescindível para o bom andamento da escola, porque a mesma exerce influência no clima organizacional. As vibrações e as questões individuais acabam refletindo no coletivo.
As formas mais utilizadas de comunicação são: falar, escrever, ouvir, ler e a linguagem dos sinais. Mas uma quantidade substancial de comunicação interpessoal ocorre através de comunicação não-verbal, a transmissão de mensagens por meios que não palavras. Segundo Davis (1979):

(...) grande parte da verdadeira comunicação humana se passa num nível abaixo da consciência, nível em que a relevância das palavras é apenas indireta. (...) somente uns 35% do significado social de qualquer conversa corresponde às palavras pronunciadas.

As relações na escola necessitam de linguagem compreensível para que se estabeleça o entendimento comum. A própria definição de comunicação envolve participação, transmissão troca de conhecimento e experiências. Da eficácia dessa comunicação depende o resultado do desempenho da escola, em todos os sentidos: desempenho do aluno, crescimento e sustentabilidade da escola.
Referências:
BIERCK, Richard. Comunicação pessoal impecável. Como ouvir. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
DAVIS, Flora. Comunicação não verbal. Tradução Antonio Dimas. São Paulo: Summus, 1979.
DUBRIN, Andrew J. Princípios de administração. Tradução Roberto Minadeo. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1996

PRÁTICA DOCENTE

A sociedade sofre grandes transformações na esfera política, econômica e social, exigindo um trabalhador mais capacitado, dinâmico, reflexivo e polivalente, capaz de atuar na realidade social. A sociedade evolui de um período onde o trabalhador deveria ser especializado em uma determinada função, realizando tarefas pré-determinadas pelos seus superiores, para um período em que a dinamicidade e a formação do trabalhador são fatores de sobrevivência.

Viver no mundo de hoje é um desafio, na medida em que há um bombardeio de informações a serem apreendidas e com as quais se deve operar para conduzir importantes atividades do dia-a-dia. O individuo é bombardeado de informações a todo o momento e através de diversas fontes.

A escola da vida nos ensina muito, mas é preciso que estejamos atentos para podermos assimilar suas inúmeras lições, e estas, no âmbito acadêmico, se fazem presentes de forma ainda mais contundente. Os centros formadores, cientes da sua responsabilidade, devem preparar seus alunos, futuros professores, não apenas para aplicar conteúdos, mas também para ser um facilitador na busca de uma compreensão maior, de um olhar critico e reflexivo sobre o mundo.

A formação continua pode constituir um importante espaço de ruptura, estimulando o desenvolvimento profissional dos professores. Por isso, falar de formação continua é falar de uma autonomia, contextualizada da profissão docente. Importa valorizar paradigmas de formação que promovam a preparação de professores reflexivos, que assumam a responsabilidade do seu próprio desenvolvimento profissional e que participem como protagonistas no desenvolvimento das políticas educativas (Antonio Nóvoa, 2202, p. 59).

O papel da formação vai além do ensino, pois envolve a capacidade de criar espaços de participação, formação e reflexão a fim de que os indivíduos aprendam e tornem-se capazes de lidar com as dificuldades e mudanças que surgirem e menos dependentes do poder econômico, político e social. É imprescindível, portanto, a formação de um profissional docente prático-reflexivo, dotado de conhecimentos e habilidades e principalmente capaz de refletir a sua própria prática.

Cabe ao docente, mais do que transmitir o saber, articular experiências em que o aluno reflita sobre suas relações com o mundo e o conhecimento, assumindo o papel ativo no processo ensino-aprendizagem, que, por sua vez, deverá abordar o individuo como um todo e não apenas como um talento a ser desenvolvido.

A LDB no seu art. 61 coloca que:

“Art.61 – A formação de profissionais da educação, de modo a atender aos objetivos dos diferentes níveis e modalidades de ensino e as características de cada fase do desenvolvimento do educando, terá como fundamentos:
I- a associação entre teorias e práticas, inclusive mediante a capacitação em serviço;
II- aproveitamento da formação e experiências anteriores em instituições de ensino e outras atividades.”

Observamos que o artigo 61 traz como ponto de partida a preocupação em formar profissionais capacitados para adequar o ensino às diferentes fases do desenvolvimento de ser humano. O seu inciso I vem a tratar de um ponto fundamental que é a relação teoria-prática, pois quando se abordam os problemas da formação continuada. Tendo em vista que a articulação teoria-prática é tida como uma idéia indissociável, deve, portanto ser trabalhada simultaneamente, tornando-se o eixo central da formação do professor.

É fundamental que a educação seja vista como fator de desenvolvimento e transformação humana. Para tanto, um dos pontos cruciais é a formação docente que oriente os futuros professores no sentido de conviver com seu aluno observando os seus comportamentos, conversando com ele, perguntando, sendo interrogado por ele e realizando em conjunto suas experiências, a fim de auxiliar na aprendizagem e desenvolvimento.

Diante disso percebemos não ser suficiente apenas uma fundamentação teórica bem alicerçada. Pois se faz necessário principalmente uma mudança diante de práticas conservadoras que visam apenas do saber, mas também do fazer, estando cada vez mais inserida a idéia da ação reflexão no dia-a-dia do professor para que este não se acomode na sua labuta diária, e tenha como objetivo um saber mais e um fazer melhor.

Certamente com a existência de profissionais mais competentes e comprometidos, quem sairá ganhando é a sociedade, que será então constituída de cidadãos livres, criativos e críticos, característica que só obtém através da educação.

REFERÊNCIAS

BRITO, Antonia Edna. O significado da reflexão na prática docente e na produção dos saberes profissionais do/a professor/a. Revista Iberoamericana de Educación (ISSN:1681-5653).

CARNEIRO, Moaci Alves. LDB Fácil. Leitura Critico-compreensiva artigo a artigo. Editora Vozes.Petrópolis.2003.

NÓVOA, Antonio. Formação de professores e trabalho pedagógico. Lisboa. Educa. 2002.

ORNELAS, Maria de Lourdes. Afetos e manifestos na sala NÓVOA, Antonio et al. Profissão professor. Porto editora. Portugal. 1995.

SANTOS, Lucíola Licino de C. P. Formação de professores na cultura do desempenho. Educ. Soc., Campinas, vol.25, n.89p.1145-1157,set/dez.2004. disponível em http://www.cedes.unicamp.br

Disponivel em: http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/prof04.htm.Acesso em 18/04/2008.
Disponivel em: http://www.fe.unb.br/linhascriticas/n22/resenha_aprendizagem.htm.htm. Acesso em 18/04/2008.
Disponivel em: http://www.hottopos.com/rih5/silva.htm.Acesso em 18/04/2008.
Disponivel em: http://www.educacaoonline.pro.br/a_reflexividade_como_elemento.asp?f_id_artigo=102. Acesso em 18/04/2008.
Disponivel em: http://www.hottopos.com?vdletras7/monica.htm. Acesso em 18/04/2008.

CARACTERÍSTICAS QUE VALORIZAM O PROFESSOR

A rede particular não promove concursos para escolha do corpo docente, é criteriosa na hora da seleção. As escolas avaliam currículos, fazem entrevistas detalhadas e observam as aulas ministradas pelos candidatos. O mínimo que esperam do professor é que domine o conteúdo de sua disciplina, saiba planejar bem suas aulas e consiga avaliar o aluno de maneira global. Mas isso não é tudo.
O professor não baseia suas aulas unicamente em livros didáticos. Comentários sobre reportagens vistas pela turma no telejornal do dia anterior ou as razões que levaram um aluno a praticar um ato de violência podem ser igualmente enriquecedores.
Para dar conta de atividades como essas, o professor precisa estar muito bem preparado.
A seguir, eis algumas características e requisitos referentes à prática do professor muito valorizados no dias atuais.

1 – EXPERIÊNCIA ANTERIOR
As escolas evitam contratar o professor que passa pouco tempo em cada emprego, mudando constantemente de metodologia.
Permanecer em uma escola o tempo suficiente para propor um trabalho e concluí-lo é essencial.


2 – CONHECIMENTO DE INFORMÁTICA
Na maioria das escolas particulares, já na Educação Infantil, as crianças têm aula em laboratórios de informática.
Mas não basta saber operar um computador. É preciso utilizá-lo como uma ferramenta no desenvolvimento de habilidades e enriquecer as aulas de forma criativa e interessante, complementando o conteúdo curricular.

3 – LEITURA VARIADA
Estar bem informado é requisito básico para qualquer profissional. Para o professor então é um requisito básico para sua atuação. Jornais, revistas e livros de literatura (essenciais para a formação cultural) são algumas opções de informações atuais. Obras sobre Educação são um capítulo à parte. Por meio desse tipo de leitura o docente pode se atualizar profissionalmente, conhecendo novas metodologias e os resultados das últimas pesquisas em sua área.




4 – ATUALIZAÇÃO CONSTANTE
É importante se reciclar por meio de cursos, seminários e palestras. Os temas podem ser relacionados à disciplina específica lecionada pelo professor ou temas que não fazem parte diretamente de sua atuação, mas que estão ligados à Educação de forma geral.


5 – POSTURA PESSOAL
Bom relacionamento interpessoal é fundamental em qualquer área de atuação. O professor também deve ter facilidade para estabelecer relações saudáveis em seu ambiente de trabalho e com seus colegas. Assim a escola também ganha nos resultados em projetos interdisciplinares.

6 – DOMÍNIO DE CLASSE
O professor deve estabelecer regras junto com sua turma. Cabe a ele fazer valer essas regras de maneira justa e democrática. É preciso mostrar aos estudantes as conseqüências de suas atitudes na classe, na escola e na sociedade.

7 – CARACTERÍSTICAS PESSOAIS
De acordo com os critérios da escola, será avaliado o perfil do professor. Se a escola for católica, escolherá o professor que dá importância a valores como a solidariedade (apesar de que a maioria das escolas, católicas ou não, trabalham com valores humanos). Porém, há características valorizadas de maneira geral em qualquer escola, como a criatividade, o dinamismo, a flexibilidade e a capacidade de se adaptar à mudanças.

8 – DOMÍNIO DE LÍNGUAS
Dominar o inglês, principalmente para facilitar o acesso a fontes de informação diversificadas, inclusive a Internet, tem sido cada vez mais importante.
Fundamental, no entanto, é falar e escrever corretamente o Português.

É preciso saber recomeçar…Difícil mas pode valer a vida!!!

Quando na vida tomamos a decisão de um recomeço, temos que saber rever tudo o que já passamos, tudo que queremos viver e corrigir erros antigos , traçando metas certeiras e acertadas para o futuro.
Conheço muitos casos de traição, cada dia mais, de ambas as partes, e afirmo que não é uma tarefa nada fácil recomeçar quando se perde a base do relacionamento, que é a confiança.
Sempre a suposta vítima estará sob suspeita, passará a ter uma individualidade absurdamente maior do que a que tinha, um senso de liberdade sem freio (pois tem uma justificativa), se tornará perigosa pelo seu lado humano de instinto vingativo, não se conformará com atitudes mesquinhas, não aceitará bem as frustrações do dia a dia normal de um casal que convive junto e será mais exigente, rigorosa, observadora e maquiavélica.
Nenhum sentimento bom está ligado ao rancor, que pode ser esquecido ou adormecido, mas é facilmente lembrado ou acordado a qualquer deficiência do relacionamento.
Não é também nada fácil para o suposto traidor, o misto de ressentimento, culpa, sensação de perda e impotência, quando se comete um erro imperdoável. Como disse, o que não se perdoa, vira sombra eterna e tudo parece impossível de ser alcançado, refeito ou enterrado.
Conviverem traidor e vítima em um ambiente comum, ambos com sentimentos abalados e confusos, desesperados pela ajuda do tempo, que parece ser o único capaz de suavizar a dor e a incerteza do recomeço, é tarefa árdua.
Só quem passa por este turbilhão, sabe o que são as conseqüências.
O amadurecimento vem. A realidade aparece. Os pés no chão, o coração precavido, a mente poluída, os olhos atentos e um único fio de esperança...
É duro ter que enfrentar um amor sendo abalado, o ódio vencendo, uma amizade sendo perdida, um cúmplice virando inimigo, um parente sendo rejeitado, um mundo cor de rosa virando preto...
Mas, então, o que fazer para RECOMEÇAR?
O que fazer para não se decepcionar, ainda mais, com uma tentativa de recomeço que finda em término efetivo?
Olha, amigos, se isto fosse fácil e simples de se responder e se resolver, não teríamos tantos casamentos destruídos, tantas famílias sendo desfeitas e tantas pessoas se endurecendo e se protegendo do mundo!
Porém, ouso a dar uns conselhos, para ver se a vida ganha um arco-íris no fim do poço...

Vítima:
- Seja você em primeiro lugar. Não perca sua autenticidade e não pense que vida a dois é pura simbiose.
- Grite, bata, xingue, fale , fale, fale, mas coloque o máximo do que sente para fora. Comunicação é fundamental no processo, mesmo que tenha uma dose natural de agressividade.
- Não perca tempo achando que a culpa da traição foi por defeito físico, displicência, falta de amor etc. Foi apenas um instinto animal, não conseguido ser controlado por um ser humano de mente fraca, indeciso, inferiorizado, persuadido e sem postura para a vida e suas decisões. O traidor é realmente quem tem a culpa pela sua falta de comprometimento com o que escolheu para si. Quando um relacionamento não vai bem, trair jamais será a solução. Ao contrário, será o início de um fim que não consegue ter fim, mas que teria que ser finalizado!!!!
- Nunca mais a confiança será 100% restabelecida e você, Vítima, acha o traidor capaz de matar até mesmo um filho! E o traidor, ao passar do tempo, começa a ver na vítima uma possibilidade real de se tornar traidora e os papéis se inverterem... Por isso, você tem que se preparar para fingir para você mesma que confia novamente em que lhe traiu. E isto sim, é muito difícil.
-Tente controlar o ímpeto de detetive. Você pode se machucar com o que vê, não por constatar, simplesmente, uma nova traição concreta, mas pelos vínculos não cortados pelo traidor, como você imagina terem sido, pela falta de CHEGA, que parece que o traidor não consegue impor às situações que levaram a Zero o seu relacionamento! Lembre-se: quem trai tem a mente fraca!
-Estabeleça regras claras para a reconciliação e elimine tudo que te faça lembrar a traição. Para continuar com o traidor, ele precisa provar que não comete mais erros absurdos como este e que é capaz de abrir mão dele próprio para refazer a relação.
-Cuidado com os primeiros 15-20 dias após reconciliação. O traidor fará promessas, instintivamente, dirá coisas impossíveis de cumprir, te dará esperanças vãs e você se frustrará mais adiante quando constatar a incapacidade humana dele em realizar o que prometeu. Falar é fácil, fazer é difícil, velho e sábio jargão.
-Não se permita ser iludida por bens materiais. O que se espera de um recomeço, mesmo levando em consideração os benefícios de uma vida sem dificuldade financeira, é uma complementação sentimental. Dinheiro não resgata a mágoa, que fica para sempre, no coração da vítima.
-Caso não consiga controlar seu natural instinto de vingança, pense na Terceira, ou digamos mais apropriadamente, na Quarta pessoa, que vai estar envolvida nesta situação complicada e constrangedora. Machucar alguém que não merece é tão cruel quanto trair, afinal você está também traindo os sentimentos de alguém que te quer bem e te projete e que entrou nesta situação inocentemente. Acredite: o seu desapego, normal desta fase, é capaz de mover montanhas e atrai a todos aqueles que te circundam. Assim, a chance é grande da Quarta pessoa se apaixonar pelas melhores coisas que, você, vai fazer questão de mostrar que sabe fazer, pelo seu inconsciente desejo de conquistar de verdade, pela sua emoção muito à flor da pele e pelo ar que vai exalar de “eu não sou só sua (seu)”. E isto, fascina. Não tenho como explicar o por quê. Acredito ser a busca pelo que não se pode alcançar...
-Não aceite a segunda traição. Isto nunca mais lhe deixará viver em paz e ser feliz de verdade. NÃO ACEITE e SE SEPARE DEFINITIVAMENTE. Chore, sofra, perca o chão, uma única vez. A segunda traição mostra que o traidor não te respeita, não te ama e acima de tudo, é uma pessoa pequena, sem amor próprio, com mil traumas mal resolvidos e só posso te aconselhar a SAIR DESSE AMBIENTE TÓXICO ANTES QUE ELE ACABE COM VOCÊ!
-Ninguém, além do traidor, merece vivenciar o seu baixo-astral do recomeço. Assim, não deixe que atinja filhos, amigos, colegas de trabalho, entre outros. Deixe apenas o traidor passar pelas situações constrangedoras, que ele próprio buscou passar, quando te traiu. Este é o aprendizado dele aqui na terra e é sofrendo e fazendo sofrer que ele busca se encontrar. Mente fraca! Já disse isto antes.
-A vítima que aceita recomeçar, mostra que é uma pessoa de grande coração, tem atitudes próprias, tem coragem e não liga para a opinião dos outros NUNCA. A vítima é uma pessoa digna. O traidor é que não. Deixe, que neste recomeço, ele se torne digno e aprenda com os próprios erros. Por isto, se ele foi tão incapaz de aprender com tudo que passou e ainda te traiu de novo, o que você quer ao lado deste animal irracional, digno apenas de pena e desprezo. Não! VOCÊ MERECE SER FELIZ!

Traidor:
-Te aconselho a esquecer o passado, cortar todos os vínculos com o que te induziu a traição e se humilhar totalmente para conseguir um perdão menos fingido.
-Esqueça de si próprio, que afinal, até aqui, só se mostrou um ser perdido e indeciso na vida. Aceite o aprendizado e não erre novamente. Se torne uma pessoa melhor, digna e respeitável.
-Segure todas as barras. Apanhe, escute, seja agredido moralmente pela vítima, sem revidar. Você cometeu um erro IMPERDOÁVEL, que vai mudar totalmente sua vida, tente fazer algo de bom nesta encarnação e SE TRANSFORME! Diga NÃO a sua mente fraca e seus instintos primatas! Você ama a vítima, está arrependido profundamente e que ficar ao lado dela para sempre? Prepare-se para o pior, para que o melhor possa chegar para vocês dois.
-Não seja passivo em conversas e atitudes, mas seja sincero, mostre o que sente por ela e é capaz de fazer, não somente na teoria, para refazer o relacionamento.
-Não prometa o que não pode cumprir.
-Cumpra 100% tudo que prometeu.
-Não minta ABSOLUTAMENTE NADA!
-Não se envolva em uma nova traição, por mais tentadora que a situação seja. Não quer mais viver com aquela pessoa? Termine tudo e SEJA DIGNO com você mesmo e com os outros...
-A cada briga que ocorra, seja o perdedor. Assuma a culpa, peça perdão, dê carinho e mostre seu amor. Estas brigas são em sua grande maioria causadas pelas lembranças e cobranças da vítima, que tem todo direito de explodir nos momentos de tristeza. Saiba compreender. Renuncie a você mesmo, por que, a culpa é só sua e ponto final.
-Não queira transferir a culpa da sua traição. Pessoas nobres de alma e caráter, não justificam um erro com outro... Assim, se seu relacionamento não estava bom, saísse dele e não inventasse uma maneira sórdida e cruel de resolver o seu eu interior. Se se arrependeu do que fez, sabe o quanto dói ver as lágrimas, de quem se ama, se tornarem constantes e que não há nada pior do que a sensação de terror por ter colocado no coração de quem você ama mais mágoa e raiva, que amor... É um choque nas energias positivas do universo... Você não vai se perdoar nunca. Imagine, então, o quanto é difícil alguém lhe perdoar?
-Só se deve recomeçar se houver amor verdadeiro e incondicional, de ambos. Fora isto, desistam no primeiro tempo.
-Evite fazer qualquer coisa, por menor que pareça ser, que possa causar na vítima uma insatisfação. Uma vítima perde totalmente a tolerância com o traidor, saiba disso. As conseqüências são mais desastrosas para você, que vai passar por momentos deprimentes, ouvindo reflexo de ressentimento e sendo crucificado a cada letra do discurso. Fora, que algumas vítimas, nestes momentos de raiva, saem desta vida para sempre e desistem de recomeçar. Outras colocam registros maquiavélicos no cérebro e você vai sofrer mais ainda por perceber que seu erro ETERNIZADO, criou um monstro. Sabe aquele cãozinho inofensivo, que te ama e que você ama tanto e que por descuido você deixou beber uma fórmula mágica, irreversível, e ele se transformou em um monstro? Você se culpa e não tem coragem de matá-lo e passa arranjar um jeito de viver com ele, mesmo com medo do que possa vir a acontecer, se este monstro ficar malvado e começar a pensar em fugir e fazer besteiras pela cidade, mesmo que sem querer? É uma dor que não se mensura mais...
-Aceite tudo passivamente, inclusive as revanches.
-Nem de longe, pense em usar frases do tipo “desse jeito, quem não quer mais sou eu’, ou “eu estou fazendo tudo para dar certo” (ainda mais se a vítima estiver se queixando de promessas não cumpridas), “o que você quer mais que eu faça?”... Parece banal, sincero, mas pode causar reações ainda mais cheias de ira. Lembre-se: você decidiu recomeçar e esta é a única oportunidade que tem de se redimir com você mesmo. Ao menos dessa vez, cumpra algo que você desejou e escolheu para si, e seja bem diferente do que foi quando escolheu amar alguém e lhe traiu.

Meus caros, comecei dizendo que era uma situação muito complicada e que decidir recomeçar exige o máximo de cada uma das partes. São esforços iguais de ambos e é tudo uma questão de administrar sentimentos negativos e maléficos.
Se leu tudo isto acima e não se sentiu capaz de seguir os conselhos, independente de que parte você é, Vítima ou Traidor, seja autêntico e se negue a RECOMEÇAR. Vocês vão falhar de novo, desgastar ainda mais o sentimento e a relação, não vão crescer, amadurecer e este amor não se eternizará...
Agora, se leu, aceita se renunciar, se refazer pelo bem de vocês dois e pelo amor que existe, que é incondicional e vale a pena ser vivido até que a morte os separe, boa sorte!
Sempre acreditei no poder do amor e espero que a humanidade se corrija acreditando nisto também!
Desejo aos casais que viveram uma situação de Traição e estão dispostos a RECOMEÇAR e/ou estão tentando o RECOMEÇO, que Deus os abençoe e lhes ensinem esta mais importante lição da vida: SÓ O AMOR IMPORTA E QUALQUER MANEIRA DE AMAR VALE A PENA.
Aos que desistiram de RECOMEÇAR, desejo que encontrem os seus verdadeiros amores ainda nesta vida e que possam ser infinitamente felizes e abençoados pelas graças deste nobre sentimento.

(autora: Psicóloga Graduada pela Vida)

É preciso ouvir a voz do professorado

A imagem do professorado da escola pública está desgastada. A cobertura da educação na mídia é o espelho desse desgaste. Uma vez ao ano, no Dia do Professor, os meios de comunicação esforçam-se para mostrar profissionais travestidos de heróis – sempre um exemplo individual de uma pessoa boa e comprometida que não exerce uma profissão, mas sim um sacerdócio.
No coletivo, como categoria profissional, o professorado de escola pública só aparece na mídia de forma negativa. Quase sempre a ele é imputada a responsabilidade por todos os males do ensino: ou é mal formado, ou sem interesse, ou falta muito às aulas, ou é incompetente, ou é corporativo – só pensa no salário e na carreira e não nos alunos –, ou, ainda, é um coitado, vítima da violência dos próprios alunos.
Quase sempre a voz que aparece nos meios de comunicação é a voz dos dirigentes ou dos chamados especialistas; nunca do professorado. Entre os “especialistas”, ultimamente, quem mais tem falado são os empresários. Falam do sentido de uma educação para o desenvolvimento e para a economia, criticam o modelo de gestão, falam em produtividade do sistema e em como obter melhores respostas com menores custos. Se pudessem, substituiriam os professores por máquinas, pois estas podem ser domadas.
As soluções apresentadas para a melhoria da qualidade sempre são definidas independentemente dos professores, por cima deles, considerando que eles são pacientes das reformas – e não agentes. Afinal, se são culpados por todos os males, por que então tomá-los em consideração?
O silêncio dos professores e das professoras da escola pública é um reflexo de dois fenômenos complementares: de um lado, a desvalorização do trabalho do docente; por outro, a existência de mecanismos repressivos que impedem o seu livre expressar.
Já de há muito o trabalho docente vem deixando de ser considerado fundamental. Seu lugar social e seu papel foram sendo desprestigiados pelas contínuas reformas educativas que, em seu nome, são implementadas. Inicialmente, pela constante desvalorização do seu salário – o que torna o trabalho docente desprestigiado frente às demais categorias profissionais, além de evasão de quadros e da superexploração daqueles que têm que estar em muitos lugares ao mesmo tempo para poder pagar as suas contas. O excesso de trabalho, além de prejudicar sua saúde, não permite que o professor prepare bem as suas aulas, que se atualize, que mantenha condições de ter um acompanhamento mais próximo dos seus alunos. Dessa forma, o professor é levado a se desumanizar e passa a ser um “dador” de aulas, que entra na sala quase sempre de forma mecânica para cumprir suas muitas jornadas de trabalho. Sua voz tende a ser a da repetição – e não a da criação, da discussão, da produção de conhecimentos.
Mas as reformas também pouco se preocupam com a prática do professor, com sua experiência de trabalho; afinal, dizem os dirigentes, é preciso instrumentalizá-lo para que exerça sua profissão com qualidade. Não é necessário pensar, basta um currículo centralizado, um material didático descritivo nas suas mãos e orientações de como transmitir o conteúdo. As avaliações de massa servem para que os alunos se comparem quanto a seu desempenho no jogo do mercado educacional e assim busquem, por vontade própria, aprender o não aprendido ou mudar de escola ou de professor. E assim vamos seguindo de reforma em reforma, de cima para baixo, tentando fazer da profissão docente uma peça na engrenagem constituída de fora para dentro das salas de aulas.
Então por que os professores não se expressam sobre suas condições de trabalho, sobre as mudanças que julgam necessárias, sobre o ofício de docente? Em conversas com jornalistas sobre a ausência da voz do professorado nas reportagens e matérias sobre políticas educacionais, foi identificado o tolhimento da sua expressão livre, baseado em mecanismos repressivos explícitos ou não.
Uma das formas de tolhimento da voz do professor é o Estatuto dos Funcionários Públicos. Conforme levantamento realizado pelo Observatório da Educação da Ação Educativa em 25 estados do País, em 18 deles professores e outros servidores têm sua liberdade de expressão cerceada. O texto varia entre os estados, mas, de modo geral, “tem o mesmo sentido: proíbe que funcionários públicos emitam publicamente opinião a respeito de atos da administração. Na prática, o estatuto permite que a crítica a uma política pública de educação, por exemplo, seja punida como referência depreciativa”. Dos 18 estados identificados, em 10 os estatutos foram produzidos durante a ditadura militar e até o momento não houve revogação; nos outros 8 estados, as leis já nasceram inconstitucionais, pois foram elaboradas na década de 1990.
Aplicado ou não o estatuto nos dias de hoje, a grande verdade é que ele permanece como uma espada sobre a voz pública do professor, condicionando-o a pedir permissão a seus superiores para poder expressar sua opinião, em particular em relação às políticas de seus governos.A escola pública tem sido muito criticada, mas não há condições de resgate da sua qualidade sem a participação ativa dos seus professores e professoras. Participação ativa significa uma participação humanizadora, respeitadora da sua condição de profissional, que é ao mesmo tempo transmissor de conhecimentos, mas fundamentalmente produtor de conhecimentos. Isso significa que respeitar sua dignidade é respeitar sua capacidade de analisar sua prática e construir os instrumentos e conhecimentos necessários a seu aprimoramento como profissional. Só há aprendizagem quando ocorre de dentro para fora, quando o docente se identifica em sua prática cotidiana como profissional e faz dela seu vínculo com seus alunos, com seus colegas, com a comunidade onde a escola está inserida.O professor é o principal elo entre o aluno, sua vida e o conhecimento. Só ele é capaz de impor qualidade; isso significa que seu papel e sua voz são fundamentais. Reformas educativas que não consideram isso tendem a violentar a profissão docente e estão fadadas ao fracasso. Leis que amordaçam o professorado ou criam ambientes de tolhimento da liberdade de expressão tendem a calar a participação docente com sua experiência e conhecimentos como o principal instrumento para a melhoria da escola pública. A voz do professorado é essencial na construção da educação pública, universal e de qualidade; por isso...
Fala, mestra! Fala, mestre!

É preciso ouvir a voz do professorado

A imagem do professorado da escola pública está desgastada. A cobertura da educação na mídia é o espelho desse desgaste. Uma vez ao ano, no Dia do Professor, os meios de comunicação esforçam-se para mostrar profissionais travestidos de heróis – sempre um exemplo individual de uma pessoa boa e comprometida que não exerce uma profissão, mas sim um sacerdócio.
No coletivo, como categoria profissional, o professorado de escola pública só aparece na mídia de forma negativa. Quase sempre a ele é imputada a responsabilidade por todos os males do ensino: ou é mal formado, ou sem interesse, ou falta muito às aulas, ou é incompetente, ou é corporativo – só pensa no salário e na carreira e não nos alunos –, ou, ainda, é um coitado, vítima da violência dos próprios alunos.
Quase sempre a voz que aparece nos meios de comunicação é a voz dos dirigentes ou dos chamados especialistas; nunca do professorado. Entre os “especialistas”, ultimamente, quem mais tem falado são os empresários. Falam do sentido de uma educação para o desenvolvimento e para a economia, criticam o modelo de gestão, falam em produtividade do sistema e em como obter melhores respostas com menores custos. Se pudessem, substituiriam os professores por máquinas, pois estas podem ser domadas.
As soluções apresentadas para a melhoria da qualidade sempre são definidas independentemente dos professores, por cima deles, considerando que eles são pacientes das reformas – e não agentes. Afinal, se são culpados por todos os males, por que então tomá-los em consideração?
O silêncio dos professores e das professoras da escola pública é um reflexo de dois fenômenos complementares: de um lado, a desvalorização do trabalho do docente; por outro, a existência de mecanismos repressivos que impedem o seu livre expressar.
Já de há muito o trabalho docente vem deixando de ser considerado fundamental. Seu lugar social e seu papel foram sendo desprestigiados pelas contínuas reformas educativas que, em seu nome, são implementadas. Inicialmente, pela constante desvalorização do seu salário – o que torna o trabalho docente desprestigiado frente às demais categorias profissionais, além de evasão de quadros e da superexploração daqueles que têm que estar em muitos lugares ao mesmo tempo para poder pagar as suas contas. O excesso de trabalho, além de prejudicar sua saúde, não permite que o professor prepare bem as suas aulas, que se atualize, que mantenha condições de ter um acompanhamento mais próximo dos seus alunos. Dessa forma, o professor é levado a se desumanizar e passa a ser um “dador” de aulas, que entra na sala quase sempre de forma mecânica para cumprir suas muitas jornadas de trabalho. Sua voz tende a ser a da repetição – e não a da criação, da discussão, da produção de conhecimentos.
Mas as reformas também pouco se preocupam com a prática do professor, com sua experiência de trabalho; afinal, dizem os dirigentes, é preciso instrumentalizá-lo para que exerça sua profissão com qualidade. Não é necessário pensar, basta um currículo centralizado, um material didático descritivo nas suas mãos e orientações de como transmitir o conteúdo. As avaliações de massa servem para que os alunos se comparem quanto a seu desempenho no jogo do mercado educacional e assim busquem, por vontade própria, aprender o não aprendido ou mudar de escola ou de professor. E assim vamos seguindo de reforma em reforma, de cima para baixo, tentando fazer da profissão docente uma peça na engrenagem constituída de fora para dentro das salas de aulas.
Então por que os professores não se expressam sobre suas condições de trabalho, sobre as mudanças que julgam necessárias, sobre o ofício de docente? Em conversas com jornalistas sobre a ausência da voz do professorado nas reportagens e matérias sobre políticas educacionais, foi identificado o tolhimento da sua expressão livre, baseado em mecanismos repressivos explícitos ou não.
Uma das formas de tolhimento da voz do professor é o Estatuto dos Funcionários Públicos. Conforme levantamento realizado pelo Observatório da Educação da Ação Educativa em 25 estados do País, em 18 deles professores e outros servidores têm sua liberdade de expressão cerceada. O texto varia entre os estados, mas, de modo geral, “tem o mesmo sentido: proíbe que funcionários públicos emitam publicamente opinião a respeito de atos da administração. Na prática, o estatuto permite que a crítica a uma política pública de educação, por exemplo, seja punida como referência depreciativa”. Dos 18 estados identificados, em 10 os estatutos foram produzidos durante a ditadura militar e até o momento não houve revogação; nos outros 8 estados, as leis já nasceram inconstitucionais, pois foram elaboradas na década de 1990.
Aplicado ou não o estatuto nos dias de hoje, a grande verdade é que ele permanece como uma espada sobre a voz pública do professor, condicionando-o a pedir permissão a seus superiores para poder expressar sua opinião, em particular em relação às políticas de seus governos.A escola pública tem sido muito criticada, mas não há condições de resgate da sua qualidade sem a participação ativa dos seus professores e professoras. Participação ativa significa uma participação humanizadora, respeitadora da sua condição de profissional, que é ao mesmo tempo transmissor de conhecimentos, mas fundamentalmente produtor de conhecimentos. Isso significa que respeitar sua dignidade é respeitar sua capacidade de analisar sua prática e construir os instrumentos e conhecimentos necessários a seu aprimoramento como profissional. Só há aprendizagem quando ocorre de dentro para fora, quando o docente se identifica em sua prática cotidiana como profissional e faz dela seu vínculo com seus alunos, com seus colegas, com a comunidade onde a escola está inserida.O professor é o principal elo entre o aluno, sua vida e o conhecimento. Só ele é capaz de impor qualidade; isso significa que seu papel e sua voz são fundamentais. Reformas educativas que não consideram isso tendem a violentar a profissão docente e estão fadadas ao fracasso. Leis que amordaçam o professorado ou criam ambientes de tolhimento da liberdade de expressão tendem a calar a participação docente com sua experiência e conhecimentos como o principal instrumento para a melhoria da escola pública. A voz do professorado é essencial na construção da educação pública, universal e de qualidade; por isso...
Fala, mestra! Fala, mestre!

A angústia no ofício de professor

O presente estudo de caso analisa os registros diários realizados por uma professora alfabetizadora em início de carreira em seu diário de classe. Trechos relativos à sua angústia de ensinar foram destacados e problematizados sob uma perspectiva freudiana. As análises realizadas revelaram a importância do diário de classe como uma referência tanto para a compreensão do trabalho docente quanto para a formação pedagógica e pesquisa. São apontadas algumas contribuições da psicanálise para uma melhor compreensão do trabalho pedagógico e para a formação de professores.
Palavras-chave: Diário de aula, Formação de professores, Psicanálise.
Introdução
Há muito, as questões pertinentes à Educação têm se constituído em objeto de reflexão. Principalmente as questões relacionadas à formação de professores, para as quais, muitos teóricos trazem contribuições que, sob vários aspectos, podem ser consideradas contribuições inestimáveis. Contudo, o que se pretende aqui é pontuar algumas questões, envolvendo a teoria freudiana, que permite explicitar as especificidades da profissão de professor no seu fazer cotidiano, entender melhor o sujeito professor e as demandas de uma profissão que envolve muitos desejos.
De acordo com Freud (1937/1988, p.265) existem três profissões da ordem do impossível. “Quase parece como se a análise fosse a terceira daquelas profissões ‘impossíveis’ quanto às quais de antemão se pode estar seguro de chegar a resultados insatisfatórios. As outras duas, conhecidas há mais tempo, são a educação e o governo” (Freud, 1937, p. 265). Para Mendonça Filho: “Se não é possível ensinar tudo a todos, teremos de concluir que existe na educação algo que só poderá ser pensado na categoria do impossível” (2001, p. 93).
Pensar o educar sob esta ótica permite que nos questionemos sobre a formação dos professores que, ao longo de séculos, vêm sendo preparados para assumir o papel daqueles que tudo sabem e, portanto, têm a obrigação de ensinar aos alunos que, nada sabendo, tudo aprendem com o professor (Mendonça Filho, 2001).
Como o professor concreto se relaciona com esta imagem ideal que se construiu em torno de sua função e a impossibilidade de homem real de atingi-la? Como ele lida com a necessidade de operar a ligação entre o seu próprio desejo de ensinar e o desejo (ou a ausência dele) de um outro de saber? É esta situação desencadeadora de angústia para o professor?
Em nossa experiência profissional de trabalho com professores, tanto na formação inicial (curso superior) quanto na formação em serviço, temos nos deparado com as queixas, o adoecimento, a fuga da profissão por profissionais em início de carreira. Entender o que ocorre com estes professores tem sido uma preocupação, pois, compreendendo as razões de suas dificuldades, teremos maiores condições de apoiá-los na superação delas.
Um dos instrumentos utilizados em nosso trabalho de formação em serviço tem sido o diário do professor. Uma espécie de registro descritivo e reflexivo de suas ações em sala de aula, o qual é lido por nós e, a partir desta leitura, são fornecidas devolutivas, apoio didático e esclarecimentos pedagógicos ao profissional em formação.
Ao analisar os registros diários de uma professora em início de carreira em uma classe de alfabetização de crianças, percebemos a presença de desabafos que revelavam a existência de situações conflituosas. Situações para as quais se sentia despreparada e que foram vividas durante os primeiros meses de trabalho.
Percebemos, então, que este era um documento por meio do qual poderíamos conhecer muito mais do que o trabalho pedagógico da professora. Poderíamos compreender os conflitos, as dúvidas, os sentimentos da professora que enfrentava uma situação de sofrimento em sua atuação profissional. E decidimos dirigir nosso olhar a este aspecto dos registros da professora, procurando ver além do metodológico, do prático, do pedagógico, buscando enxergar a pessoa da professora, seus sentimentos e emoções. E encontramos situações para as quais acreditamos que a teoria freudiana da angústia pode lançar uma luz, permitindo-nos maior compreensão.

O Diário de Aula como Objeto de Pesquisa
Estes registros escritos produzidos por professores em processo de formação, ou por professores que pretendem refletir sobre suas práticas, têm sido defendidos por muitos teóricos da Educação (Zibetti, 1999). Fazemos uma análise mais detalhada da importância destes para o crescimento profissional dos professores.
Porém, ao utilizá-los como possibilidade de reflexão sobre a prática pedagógica, constatamos que eles significavam mais do que isso para algumas professoras. Percebemos que, ao escrevê-los, certas professoras faziam desabafos, registravam seus sentimentos e agiam como se estivessem endereçando ao leitor (nesse caso à formadora) um pedido de ajuda. Estas constatações revelaram que o diário pode ter um papel mais amplo (Zabalza, 2002).
Decidimos, então, voltar nosso olhar para o diário de uma professora escrito em 2000, quando ela vivia sua primeira experiência profissional como alfabetizadora, após ter trabalhado por quatro anos como professora de Educação Infantil. Como se o diário abrisse um “canal de escape da tensão interna por meio da escrita”. Para o autor, ao escrever o diário, o professor conta para si mesmo seus conflitos e estabelece uma conversa terapêutica consigo mesmo (Zabalza, 2002).
Analisamos os registros diários produzidos pela professora durante o primeiro semestre de 2000 (de 9/3 a 27/7). Ao todo, a professora escreveu, neste período, 280 páginas (manuscritas em caderno grande), relatando o que ocorria em seu trabalho e também suas reflexões sobre o ocorrido. Ao analisar os sentimentos e sofrimentos expressos no diário da professora tornou-se necessário entender o que a angustiava. É nesse ponto que inserimos a psicanálise como uma teoria capaz de lançar outros esclarecimentos sobre a situação analisada, permitindo-nos ver mais longe do que nos tem permitido apenas o olhar pedagógico.

Alguns Aspectos da Teoria Freudiana da Angústia
Para Rocha (2000), a angústia é um ponto nodal na teoria freudiana, pois está relacionado ao enigma da sexualidade humana e, por isso mesmo, ao enigma do inconsciente. Buscar uma razão para a angústia significa explicar também a sexualidade, que é motor e conteúdo do inconsciente para a psicanálise. Analisa a concepção de angústia no âmbito da filosofia e esclarece que ela é um dos elementos estruturantes da subjetividade humana porque nos defronta com as possibilidades do ser e, ao mesmo tempo com o enigma do Nada.
Na teoria freudiana da angústia podem ser distinguidos três períodos distintos. O primeiro período (1893-1895), no qual a fonte da angústia não deveria ser buscada na esfera psíquica e sim na esfera física. A partir de 1909, a tônica desloca-se para a dominância do conflito psíquico sendo o recalque a causa da transformação da libido em angústia. O terceiro período caracteriza-se pela localização da angústia no ego.
É esta última reformulação da teoria da angústia que nos interessa no caso em estudo. Conforme apresentaremos mais adiante, a professora em início de carreira defronta-se com situações em que se sente “desamparada”, pois se encontra diante do “perigo” do fracasso e da perda do que para ela, naquele momento da vida, era muito valioso: o respeito, a valorização e o reconhecimento profissionais.
A angústia, na perspectiva freudiana, evolui com o desenvolvimento do sujeito, mas sempre terá o marco da angústia de separação, ou seja, a perda de um objeto de amor ou o amor do objeto. Cada fase de desenvolvimento apresenta acontecimentos que desencadeiam angústia: o nascimento, o desmame, o medo de deixar de ser o objeto de amor da mãe, a fantasia da castração e a perda do amor do superego (Rocha, 2000).
O recém-nascido vive a angústia originária do desamparo que ainda não pode ser representada como uma angústia da separação. Isto só ocorrerá posteriormente com as repetições sucessivas de vivências de separação quando a criança perceberá que pode viver separada da mãe sem o risco de aniquilamento. Ao controlar e representar a angústia de separação esta se torna uma companheira do sujeito para o resto da vida (Rocha, 2000).
Posteriormente, quando a criança já é capaz de perceber que mesmo que a mãe não esteja presente não significa que ela não exista mais, começa a surgir uma nova situação de perigo traduzida pelo medo de perder o amor do objeto. A mãe pode estar presente, mas a criança pode não contar com o seu amor. Novamente a sensação é de desamparo porque sem o amor da mãe a criança sente-se desprotegida.
A transformação seguinte da angústia que ocorre na fase fálica é a angústia de castração que constitui também medo da separação. Como o pênis tem um alto valor narcísico, a criança imagina que possuí-lo significa a possibilidade de ficar unido à mãe. A evolução da angústia de castração leva-a a manifestar-se como angústia moral e social que se origina no sentimento de culpa advindo da hostilidade do superego, o medo da punição ou o medo de perder o amor dos pais. Nestes estudos da natureza da angústia numa abordagem freudiana, segundo Rocha (2000), a angústia é produzida pelo ego que procura defender-se de uma situação traumatizante incontrolável e inesperada.

A Angústia na Iniciação Profissional de uma Professora
Na relação professor-aluno está em jogo a enunciação de dois desejos – o desejo de ensinar e o de saber. A ação destes dois sujeitos na cena pedagógica será sempre mediada por estes desejos. O professor, ao fazer seu planejamento didático, prepara-se para o previsível considerando o seu desejo. Ao ingressar na sala de aula, se depara com o imprevisível ocorrendo aí o desencontro entre o seu desejo e o do aprendiz.
Este desencontro põe em cena a necessidade de considerar o desejo do outro. E é neste momento que entra em cena a angústia. O que eu penso que o outro quer de mim? Essa expectativa é vivida com muita ansiedade, pois por meio do desejo do outro, resgatamos e colocamos em cena o nosso desejo. Segundo Davini (1997), para que o outro deseje algo, é preciso que lhe falte. Ele busca o que lhe falta, no outro. E o professor assume este papel, atribuído a ele pela sociedade, de quem tem o que supõe faltar ao outro. Ao assumir este lugar assume também a angústia decorrente dele, já que ao ter o que supõe faltar ao outro precisa responder sempre à altura e, ao mesmo tempo, sempre cuidando para não perder a posse do objeto que supõe possuir. A professora, cujo diário analisamos, registra, no primeiro dia de aula, como se sentia diante de sua tarefa e revela que se colocava como aquela para quem estavam voltados os desejos de seus alunos.
“Como era o meu primeiro dia em uma sala de primeira série, eu estava muito ansiosa. As minhas dúvidas e expectativas são várias (muitas mesmo!). Até dor de cabeça eu senti” (Diário de aula: 9/3/2000).
“Assim que os pais se foram, começamos a nos conhecer. Pedi aos alunos que fizéssemos a rodinha no chão para conversarmos mais de perto. Observei que dois alunos tremiam de medo. Mas não eram só eles que sentiam medo; eu também. Só que eu não estava tremendo. O meu medo era de não conseguir dar conta do recado. Rostinhos ansiosos me fitavam como se de mim iria sair todo o conhecimento que precisavam” (Diário: 09/03/2000).
A angústia, nesse caso, é um desprazer capaz de manifestar-se em dor física diante das dificuldades de uma tarefa para a qual a professora não se sente preparada. A inexperiência aliada à expectativa construída por atribuições sociais faz com que a professora sinta-se incapaz de corresponder à altura do que dela se espera.
Neste caso há um perigo iminente que a professora relaciona ao medo do fracasso, ao temor de não conseguir alfabetizar seus alunos e como conseqüência perder o respeito da comunidade escolar, dos pais e dos colegas professores.
“Fico me questionando o que fazer para que eles avancem no processo de aprendizagem da língua escrita, pois não conhecem letras nem números. Estou perdida, sem saber o que fazer” (Diário de aula: 21/3/2000).
“A minha expectativa quanto aos alunos é grande; fico me questionando se estou encaminhando as atividades de maneira que propicie o desenvolvimento dos alunos e se vou conseguir chegar até o fim do ano, com todos alfabetizados” (Diário de aula: 25/03/2000).
“Fico me perguntando se essas crianças estarão lendo até o final do ano. E se estou apavorada agora, vou ficar mais ainda se isso não acontecer” (Diário de aula: 3/4/2000).
“Tenho 19 alunos. O fato de ter poucos alunos me desespera, pois as cobranças serão maiores se os avanços forem pequenos” (Diário de aula: 15/6/2000).
A angústia da professora, revelada nos fragmentos de seu diário de aula acima destacados, está diretamente relacionada à expectativa de atender a uma exigência do contexto social em que está inserida. Alfabetizar todos os seus alunos em um ano, principalmente por estar diante de uma turma com poucos alunos é o que se espera de uma “boa alfabetizadora”. No imaginário da professora é sua obrigação garantir que todos aprendam; é papel dela garantir os “avanços” dos alunos e ela afirma não saber como conseguir isto que dela se espera.
Poderíamos comparar esta situação vivida pela professora com uma situação traumatizante, que, segundo Rocha (2000), a situação traumatizante por excelência é a do desamparo do recém-nascido. Tal desamparo é a situação de total passividade em que se encontra o sujeito, sem identificar uma solução para seus impasses com recursos próprios.
A professora, sentindo-se incapaz de lidar com a tarefa que lhe é atribuída pela sua função na escola, vê-se na iminência de perder a posição, o prestígio profissional. Situação que poderíamos inferir como similar ao medo de perder o amor do objeto já vivida em outras situações de seu desenvolvimento psíquico (Green, 1982).
E não seriam estas algumas das causas pelas quais os professores adoecem ou desistem da profissão? Uma incapacidade de lidar com uma tarefa real de garantir aprendizagens a seus alunos e a tarefa imaginária de “ensinar sem perdas” como se o ato de educar fosse um caminho de mão única no qual só o desejo e a vontade do professor estivessem em jogo.
Conforme Mezan (2000), se, na primeira década do século XX, a teoria freudiana atribuiu o sofrimento psíquico de seus contemporâneos à insatisfação dos impulsos primordiais, que era imposta pela autoridade patriarcal “em grau muito superior ao que seria necessário”, o afrouxamento dessa autoridade e de seus derivados deu lugar a um universo de desorientação e de insegurança cujos sinais estão em toda parte.
O autor aponta a globalização da economia, o desemprego estrutural e a enorme aceleração do fluxo de mercadorias e de idéias características desta fase do capitalismo, como algumas das causas de mal-estar na atualidade que se manifesta pelos fenômenos como stress, depressão, episódios psicossomáticos, adesão a drogas ou mesmo delinqüência. Segundo o autor, estas manifestações seriam independentes de aspectos como o nível socioeconômico, posição geográfica ou classe social.
Para Mezan (2000), a angústia seria o ponto para o qual se voltariam essas variadas condições. Angústia esta, natural ao ser humano, mas, com certeza, estimulada e aumentada pelas condições socioeconômicas da atualidade. A angústia expressa-se de muitas maneiras, uma das quais é a sensação de desamparo e de desorientação diante das exigências da vida. É muito comum vivenciarmos uma dolorosa sensação de impotência, advinda da perda de parâmetros e da fragmentação da experiência cotidiana e segmentos que não se comunicam nem formam um todo coerente.
Na atual situação econômica do país em que o trabalho nunca esteve tão difícil e tão necessário, garantir o prestígio profissional e por extensão, manter o emprego é uma necessidade diretamente relacionada à luta pela sobrevivência e manutenção da vida. A não-aprendizagem de alguns alunos também é motivo de angústia para a professora que, por não compreender o processo que ocorre ao longo de um ano letivo, expressa em seu diário as preocupações que a acompanham durante o desenvolvimento do trabalho, dia após dia.
“O desenvolvimento dos alunos é diferenciado. O Daniel é uma criança que você fala, cansa de falar e ele nunca entende. (...) Ele está sempre desatento e isso me preocupa muito, pois tenho que encontrar estratégias para trabalhar com ele” (Diário de aula, 21/3/2000).
“Às vezes, fico tão desanimada! Olho para os alunos e sinto a responsabilidade em que estou envolvida. Será que vou conseguir? Às vezes não sei o que fazer para que eles avancem mais; sinto que no meu trabalho está faltando alguma coisa. Tenho muita saudade da Educação Infantil” (Diário de aula, 25/4/2000).
“O Pedro está me dando trabalho; não pára para pensar; não faz o mínimo esforço para aprender. Não sei que caminhos seguir. Às vezes, me sinto desanimada e desmotivada (Diário de aula, 4/5/2000).
“Cheguei à conclusão que eu não consigo entender a Mariana. Chamei a mãe dela para conversarmos para que com isso eu saiba um pouco mais sobre ela. Quem sabe assim eu consigo compreender o porquê o raciocínio dela é assim. Às vezes fico pensando que eu deveria seguir outros caminhos, mas não sei quais” (Diário de aula, 11/5/2000).
De acordo com Diniz (2001), à medida que fracassa o ideal de transmissão do conhecimento resta o mal-estar. A professora, pela sua inexperiência com o processo de alfabetização, não consegue avaliar a relação entre etapa de aprendizagem-tempo necessária para que as crianças construam o domínio sobre a leitura e a escrita. Por não poder explicar o que ocorre com os alunos que não seguem a trajetória dos demais, lamenta-se. E por sentir-se responsável pela não-aprendizagem, sofre.
A situação acima descrita também ocorre com um número considerável de professoras como explicita Diniz (2001). A queixa tem sido uma marca do discurso das mulheres-professoras, particularmente das que atuam nas séries iniciais, demonstrando que a sua relação com o trabalho pedagógico é bastante complexa, por vezes, insuportável. O mal-estar, permanentemente manifesto, gera uma outra situação traduzida pelas constantes ausências das professoras ao trabalho, muitas vezes justificadas por atestados médicos.
O que explica esta dificuldade das professoras de aceitarem o fracasso da ação pedagógica de alguns alunos pode estar relacionado, imbuído do papel social que lhe é atribuído por ocupar a função de ensinante. Parece impossível não obter sucesso na sua tarefa de ensinar a todas as crianças com iguais resultados (Cifali & Imbert, 1999).
Para relacionar o ofício do professor com a psicanálise, é preciso que aceitemos a idéia de que possa existir um saber do qual o “eu” nada sabe, não sujeito a controle, ou seja, aceitar a idéia de inconsciente. Segundo Mendonça Filho (2001), existe um saber que não sabe de si, um saber que, mesmo sendo estranho ao eu, sustenta o verdadeiro desejo tanto de aprender quanto de ensinar.
As forças inconscientes presentes no interior do psiquismo escapam ao controle dos seres humanos e, portanto, ao controle do educador, levando-se, numa perspectiva freudiana, a afirmar que a Educação estaria dentro do conjunto de tarefas impossíveis. De acordo com Kupfer (1995), o que explica tal afirmação é que a Educação exerce seu poder por intermédio da palavra e “a palavra, ensina a Psicanálise, é ao mesmo tempo lugar de poder e submissão; de força e de fraqueza; de controle e de descontrole. Como então construir um edifício educacional sobre uma base paradoxal, incoerente?” (p.59).
Para a autora, impossível não quer dizer irrealizável, mas significa que no processo educacional há algo que jamais poderá ser integralmente alcançado, ou seja, o domínio, a direção e o controle que sustentam qualquer sistema pedagógico. Acreditamos que a compreensão deste processo por parte dos educadores poderá auxiliá-los a minimizar as angústias enfrentadas no exercício da tarefa de ensinar.

Considerações finais: a Psicanálise, o Ensinar e o Aprender
A trajetória da professora, estudada por meio de seu diário, permite-nos pensar que um maior conhecimento a respeito da Psicanálise. Bem como o apoio de colegas mais experientes em relação ao processo de aprendizagem dos alunos poderia contribuir para minimizar sua angústia fornecendo-lhe alguns instrumentos para que ela pudesse compreender o que ocorre com as crianças.
Não se trata aqui de defender uma educação psicanalítica, pois, segundo Millot (1992), existem diferenças essenciais entre a orientação psicanalítica e a orientação pedagógica. Trata-se, no entanto, de permitir ao professor compreender, como também explica Kupfer (1995), que a realidade do inconsciente nos ensina que não temos controle total sobre o que dizemos, e muito menos sobre os efeitos de nossas palavras sobre o nosso ouvinte (ou sobre o nosso leitor...). Não sabemos o que ele fará com aquelas idéias, a que outras as associará, que movimentos de desejo o farão gostar mais disso e menos daquilo, p. 96).
Para o ensinante professor, que está envolvido com a necessidade de garantir aprendizagens, compreender os determinantes psíquicos do “desejo de saber” pode contribuir para entender o fenômeno da aprendizagem. Segundo Freud (1910/1988), as perguntas iniciais das crianças que estão na base de sua busca pelo conhecimento podem ser resumidas em dois porquês fundamentais: por que nascemos e por que morremos. A forma como as crianças encontram ou não resposta a estas perguntas em sua trajetória de buscas pode influenciar sua relação posterior com as aprendizagens. A emergência do desejo de saber tem sua origem na investigação sexual que precisa inconscientemente ser reprimida e que, portanto, é deslocada de objetos sexuais para objetos não-sexuais. A força da pulsão estimula as crianças a continuarem perguntando em busca do domínio do saber.
A busca de resposta supõe a existência de um outro que colocado na posição daquele que ensina está revestido por seu aluno de uma importância especial. Esta importância atribuída ao professor garante-lhe uma influência sobre o aluno: influência esta, oriunda da transferência de sentimentos que a criança dirigia ao pai.
Mas é preciso considerar que o professor também é marcado por seu desejo inconsciente ao qual precisa renunciar para responder aos desejos dos alunos. Se o professor, a partir das contribuições da Psicanálise, compreender que na relação pedagógica estão atuando os inconscientes do professor e do aluno, compreenderá também o porquê da impossibilidade da profissão de professor e renunciará a uma preocupação excessiva com o controle do processo de aprendizagem do outro. Aprenderá que não tem controle sobre os efeitos do que produz sobre seus alunos, pois cabe aos aprendizes desconstruir o saber organizado pelo mestre, digerindo-os à sua maneira, relacionando-os com seus desejos (Ferreira, 2001).
Uma relação mais estreita entre conhecimento psicanalítico e conhecimento pedagógico poderá trazer inúmeros benefícios ao processo de aprendizagem de alunos e professores. Um professor conhecedor da Psicanálise terá em mãos outros instrumentos para avaliar um grande número de manifestações psíquicas infantis, mudando, por conseguinte, suas atitudes em relação às crianças. Por outro lado, ao ser ouvido pela Psicanálise poderá encontrar explicações para seus sentimentos angustiantes em relação à sua profissão, aprendendo a lidar com eles e tornando-se um profissional melhor.
Desta forma, apontamos para a importância da formação cada vez mais qualitativa de nossos professores. É direito destes profissionais conhecer mais sobre o desenvolvimento e a aprendizagem dos seres humanos com os quais trabalham para que possam desenvolver sua tarefa de forma mais satisfatória e, portanto, menos angustiante, uma vez que a maior preocupação dos que ensinam é garantir aprendizagens.

Referências
Cifali, M. & Imbert, F. (1999). Freud e a Pedagogia. São Paulo: Loyola.
Davini, J. (1997). Sobre a Angústia. Em. M Freire & Cols. (Orgs.), Grupo: indivíduo, saber e parceria (2 ed., pp.45-53.) São Paulo: Espaço Pedagógico.
Diniz, M. (2001). De que sofrem as mulheres-professoras? Em E. M. T Lopes (Org.), A psicanálise escuta a educação (2 ed., pp.194-223). Belo Horizonte: Autêntica.
Ferreira, T. (2001). Freud e o ato do ensino. Em. E. M. T Lopes (Org.), A psicanálise escuta a educação (2 ed., pp.107-149). Belo Horizonte: Autêntica.
Freud, S. (1910/1988). Leonardo Da Vinci e uma lembrança da sua infância. Em Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas (v.11). Tradução de D. Marcondes e outros. Rio de Janeiro: Imago (Trabalho original publicado em 1910).
Freud, S. (1937/1988). Análise terminável e interminável Em: Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas (v.23). Tradução de D. Marcondes e outros. Rio de Janeiro: Imago (Trabalho original publicado em 1937).
Green, A. (1982). O discurso vivo. Uma teoria psicanalítica do afeto. Rio de Janeiro: Francisco Alves.
Kupfer, M. C. (1995). Freud e a Educação. O mestre do impossível. 3 ed. São Paulo: Scipione.
Lopes, E. M. T. (Org.). (2001). Da sagrada missão pedagógica. Em E.M.T. Lopes (Org.). A psicanálise escuta a educação (2 ed., pp.35-70) Belo Horizonte: Autêntica.
Mendonça Filho, J. B. (2001). Ensinar: do mal-entendido ao inesperado da transmissão. Em E. M. T. LOPES (Org.), A psicanálise escuta a educação (2 ed., pp.71-106). Belo Horizonte: Autêntica.
Mezan, R. (2000). O mal-estar, Freud e a Modernidade. Veja, 33 (52), 208-210.
Millot, C. (1992). Freud Antipedagogo. Rio de Janeiro: Zahar.
Rocha, Z. (2000). Os destinos da Angústia na Psicanálise Freudiana. São Paulo: Escuta.
Zabalza, M. (2002). Os diários de classe dos professores. Pátio, 6 (22), 15-17.
Zibetti, M. L. T. (1999). Analisando a prática pedagógica: uma experiência de formação de professores na educação infantil. Dissertação (Mestrado) – Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo.