sábado, 30 de janeiro de 2010

PRÁTICA DOCENTE

PRÁTICA DOCENTE

A sociedade sofre grandes transformações na esfera política, econômica e social, exigindo um trabalhador mais capacitado, dinâmico, reflexivo e polivalente, capaz de atuar na realidade social. A sociedade evolui de um período onde o trabalhador deveria ser especializado em uma determinada função, realizando tarefas pré-determinadas pelos seus superiores, para um período em que a dinamicidade e a formação do trabalhador são fatores de sobrevivência.

Viver no mundo de hoje é um desafio, na medida em que há um bombardeio de informações a serem apreendidas e com as quais se deve operar para conduzir importantes atividades do dia-a-dia. O individuo é bombardeado de informações a todo o momento e através de diversas fontes.

A escola da vida nos ensina muito, mas é preciso que estejamos atentos para podermos assimilar suas inúmeras lições, e estas, no âmbito acadêmico, se fazem presentes de forma ainda mais contundente. Os centros formadores, cientes da sua responsabilidade, devem preparar seus alunos, futuros professores, não apenas para aplicar conteúdos, mas também para ser um facilitador na busca de uma compreensão maior, de um olhar critico e reflexivo sobre o mundo.

A formação continua pode constituir um importante espaço de ruptura, estimulando o desenvolvimento profissional dos professores. Por isso, falar de formação continua é falar de uma autonomia, contextualizada da profissão docente. Importa valorizar paradigmas de formação que promovam a preparação de professores reflexivos, que assumam a responsabilidade do seu próprio desenvolvimento profissional e que participem como protagonistas no desenvolvimento das políticas educativas (Antonio Nóvoa, 2202, p. 59).

O papel da formação vai além do ensino, pois envolve a capacidade de criar espaços de participação, formação e reflexão a fim de que os indivíduos aprendam e tornem-se capazes de lidar com as dificuldades e mudanças que surgirem e menos dependentes do poder econômico, político e social. É imprescindível, portanto, a formação de um profissional docente prático-reflexivo, dotado de conhecimentos e habilidades e principalmente capaz de refletir a sua própria prática.

Cabe ao docente, mais do que transmitir o saber, articular experiências em que o aluno reflita sobre suas relações com o mundo e o conhecimento, assumindo o papel ativo no processo ensino-aprendizagem, que, por sua vez, deverá abordar o individuo como um todo e não apenas como um talento a ser desenvolvido.

A LDB no seu art. 61 coloca que:

“Art.61 – A formação de profissionais da educação, de modo a atender aos objetivos dos diferentes níveis e modalidades de ensino e as características de cada fase do desenvolvimento do educando, terá como fundamentos:
I- a associação entre teorias e práticas, inclusive mediante a capacitação em serviço;
II- aproveitamento da formação e experiências anteriores em instituições de ensino e outras atividades.”

Observamos que o artigo 61 traz como ponto de partida a preocupação em formar profissionais capacitados para adequar o ensino às diferentes fases do desenvolvimento de ser humano. O seu inciso I vem a tratar de um ponto fundamental que é a relação teoria-prática, pois quando se abordam os problemas da formação continuada. Tendo em vista que a articulação teoria-prática é tida como uma idéia indissociável, deve, portanto ser trabalhada simultaneamente, tornando-se o eixo central da formação do professor.

É fundamental que a educação seja vista como fator de desenvolvimento e transformação humana. Para tanto, um dos pontos cruciais é a formação docente que oriente os futuros professores no sentido de conviver com seu aluno observando os seus comportamentos, conversando com ele, perguntando, sendo interrogado por ele e realizando em conjunto suas experiências, a fim de auxiliar na aprendizagem e desenvolvimento.

Diante disso percebemos não ser suficiente apenas uma fundamentação teórica bem alicerçada. Pois se faz necessário principalmente uma mudança diante de práticas conservadoras que visam apenas do saber, mas também do fazer, estando cada vez mais inserida a idéia da ação reflexão no dia-a-dia do professor para que este não se acomode na sua labuta diária, e tenha como objetivo um saber mais e um fazer melhor.

Certamente com a existência de profissionais mais competentes e comprometidos, quem sairá ganhando é a sociedade, que será então constituída de cidadãos livres, criativos e críticos, característica que só obtém através da educação.

REFERÊNCIAS

BRITO, Antonia Edna. O significado da reflexão na prática docente e na produção dos saberes profissionais do/a professor/a. Revista Iberoamericana de Educación (ISSN:1681-5653).

CARNEIRO, Moaci Alves. LDB Fácil. Leitura Critico-compreensiva artigo a artigo. Editora Vozes.Petrópolis.2003.

NÓVOA, Antonio. Formação de professores e trabalho pedagógico. Lisboa. Educa. 2002.

ORNELAS, Maria de Lourdes. Afetos e manifestos na sala NÓVOA, Antonio et al. Profissão professor. Porto editora. Portugal. 1995.

SANTOS, Lucíola Licino de C. P. Formação de professores na cultura do desempenho. Educ. Soc., Campinas, vol.25, n.89p.1145-1157,set/dez.2004. disponível em http://www.cedes.unicamp.br

Disponivel em: http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/prof04.htm.Acesso em 18/04/2008.
Disponivel em: http://www.fe.unb.br/linhascriticas/n22/resenha_aprendizagem.htm.htm. Acesso em 18/04/2008.
Disponivel em: http://www.hottopos.com/rih5/silva.htm.Acesso em 18/04/2008.
Disponivel em: http://www.educacaoonline.pro.br/a_reflexividade_como_elemento.asp?f_id_artigo=102. Acesso em 18/04/2008.
Disponivel em: http://www.hottopos.com?vdletras7/monica.htm. Acesso em 18/04/2008.

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