sábado, 30 de janeiro de 2010

INDISCIPLINA X FRACASSO ESCOLAR

A necessidade do afeto é peculiar ao ser humano que vai desde a concepção ao nascimento, e se estenderá durante toda existência. Contudo estas fases têm que ser vividas intensamente, na 1ª infância a criança precisa sentir-se amada, respeitada, e receber, um carinho, um abraço um beijo até mesmo de uma alerta, perceber o que ela pode fazer e o que não pode fazer, dando-lhes incumbências, e estas normas são de suma importância para o seu aprendizado, deixando transparecer que precisamos ser autônomos, e assim crescendo e compreendendo que a liberdade só acontecerá quando formos capazes de perceber e atuar a partir de nossas habilidades, ações estas que serão importantes para as crianças dê significado a sua própria interpretação e ação no mundo.
Mediante a minha caminhada de docente percebo que ano após ano a indisciplina, tornou-se frequente nas salas de aula. Onde o aluno indisciplinado é oriundo de famílias, que não oferecem as condições necessárias de afetividades, que leve-os ao encorajamento, orientando-o e consequentemente dando limites, para que ele cresça e possa desenvolver-se como agente de transformação no meio pelo qual está inserido. Haja vista que não podemos generalizar, pois existem famílias que aparentemente são estruturadas, que tem um poder aquisitivo maior que proporcionam aos filhos condições básicas como alimentação, saúde lazer e no entanto são indisciplinados.
A motivação que me levou a trabalhar este tema é a angustia presente em meu cotidiano presente dado o meu compromisso frente à educação, aonde crianças ou pré adolescentes chegam a instituição escolar com um comportando que não condiz com o ser cidadão, agredindo, depredam o patrimônio escolar, dizem palavrões, não respeitam professores, direção, agentes de portaria, e tratam a todos com indiferença, não estudam.
Entretanto faz-se necessário desenvolver-se um trabalho que desperte em nosso aluno, uma nova forma de situar-se perante as diversas situações, e assim tornando-o protagonista de suas vidas.
Este trabalho objetiva analisar as múltiplas formas de superação de indisciplina a partir da psicopedagogia, através da metodologia do estudo de caso com aplicação de questionário adentrando o universo da 4ª série do Ensino Fundamental I escola pública, além de:
Refletir sobre a história do Ensino no Brasil a prática pedagógica da leitura e da escrita na 4ª série do Ensino Fundamental I;
Conhecer os aspectos negativos que levam os educandos a não evoluírem;
Compreender diferentes metodologias que possibilitam o aprendizado da Leitura e da Escrita do educando na 4ª série do Ensino Fundamental I.
CAPITULO I
HISTORICIDADE DO ENSINO NO BRASIL ( A PARTIR DA COLÔNIA)
Percebe-se que a aprendizagem humana foi pautada pelo próprio homem; único animal com todas as probabilidades ao crescimento que se deu através da necessidade de encontrar mecanismos para a sua própria sobrevivência desde o período da pré história mediante demarcação fazendo registros nas cavernas, nas rochas, nas árvores, favorecendo assim a locomoção, facilitando à caça a pesca, e assim foi desencadeando, todo o processo de aprendizagem foi fluindo de acordo com as necessidades sociais de cada momento histórico.
Sabe-se que a educação não é linear que ela abarca todos os conhecimentos,e que possibilita a construção do homem no que se refere a ser sujeito de sua história
Para compreendermos toda a problemática do ensino no Brasil faz se necessário apresentar o histórico de como a educação foi desenvolvido desde sua implantação do Brasil colônia até os dias atuais; tendo em vista podemos afirmar que a história da educação no Brasil não aconteceu por acaso, ela foi se articulando, visando interesses lucros e também nos princípios e nas diretrizes da história da educação geral.
A educação do Brasil está enraizada e teve a participação maciça da Igreja Católica, nas pessoas dos jesuítas utilizando da força da religião com o intuito de intimidá-lo em nome do amor e da verdade tendo como premissa uma civilização interesseira pelas quais eles queriam ensinar, só assim teriam a salvação diante de Deus .E assim durante muito tempo esse ser cristão foi desencadeando a aprendizagem. O Padre que lidava com o saber, e sendo detentor deste fazia valer, o que ensinava, impondo regras e conhecimentos mesmo sem nenhum interesses pelos habitantes da época
As primeiras instituições de ensino nos remete a uma reflexão sobre as políticas públicas de educação, que metodologia de ensino seria aplicada escravizados que chegaram com o intuito de satisfazer aos interesses da burguesia comercial portuguesa como sustentação da forma de produção atual da época. A educação formal em sala de aula, o acesso ao letramento era único e exclusivo da camada elitizada, segundo os modelo de produção adotado, que interligava os interesses das grandes metrópoles e as funções da colônia.

Nascemos do colonialismo. Nosso útero, a colônia. O parto, colonial. À conclusão a que ele chegou é que o povo brasileiro é um povo enjeitado que não era para existir, não foi mentalizado, não foi projetado, intencionalmente não fazia parte do desígnio dos colonizadores.
Somos um produto intencional. Um fruto recusado, Um resultado indesejado. Os que os colonizadores queriam – e os imperialistas hoje, os donos de multinacionais, de bancos, os operadores do capitalismo vídeo financeiro - é apenas uma feitoria lucrativa, ou seja, um entreposto comercial para produzir lucros exportáveis. (Caros amigos pag 17fevereiro de 2009)
Frente a esta realidade, evidentemente constata-se a forma pela qual o “Brasil foi descoberto”, com datas, pré estabelecidos, eles não tiveram nenhuma preocupação em trabalhar a educação pautando os conhecimentos existentes, respeitando suas realidades. O que prevaleceu que as escolas publicas e privadas contribuíram para alienação dos sujeito. Historicamente as compreensões acerca do ensino e da aprendizagem foi se constituindo como uma prática plural e multifacetada, com diferentes sentidos e significados, nos contextos sócio, histórico, cultural, econômico e político.
Os Padres mentores, protagonistas, no período colonial,implantara o primeiro projeto educacional, elaborado por padre Manoel da Nóbrega percebe-se claramente a intenção em catequizar, instruir os índios, como determinava os “regimentos”. Nota-se também a necessidade de incluir os filhos dos colonos, haja visto que naquele momento eram os jesuítas os responsáveis pela educação pois eles eram os únicos educadores de profissão e tinham apoio total por parte da Colônia.
Neste período foi fundada a Companhia de Jesus por Inácio de Loyola, juntamente com um pequeno grupo de discípulos, tinham mais interesse catequético em virtude da reforma Protestante e da expansão do luteranismo na Europa.
Os primeiros jesuítas chegaram ao território brasileiro em março de 1549, juntamente com o primeiro governador- geral Tomé de Souza, o padre Manoel da Nóbrega, logo em seguida edificam a primeira escola elementar brasileira, em Salvador, na companhia do mestre e Irmão Vicente Rodrigues, professor nos moldes europeus que, durante mais de 50 anos dedicou-se ao ensinos e á propagação da fé religiosa.
Tornou-se conhecido na época o noviço padre José de Anchieta, que em 1597, tornou-se mestre- escola do Colégio de Piratininga, missionário em São Vicente escreveu na areia os “Poemas á Vigem Maria foi autor da Arte de Gramática da Língua mais Usada na Costa do Brasil.
O trabalho dos jesuítas era dedicado á pregação da fé católica e ao trabalho educativo, compreenderam que era impossível converter os índios ao catolicismo sem que soubessem ler e escrever, e assim foram dando continuidade que se estendeu para o Sul por volta de 1570, pois já somavam com cinco escolas elementar são: Porto Segura, São Vicente, Espírito Santo e São Paulo de Piratininga e com três colégios: Rio de Janeiro, Pernambuco e Bahia. E todas estas escolas jesuítas eram reguladas através de um documento escrito por Inácio de Loila a Ratio atque Instituto Studorum, chamado abreviadamente de Ratio Studorum.
Os jesuítas não restringiram nas primeiras letras implantaram outros cursos Letras, Filosofia, considerados secundários e o curso de Teologia e Ciência Sagradas, de nível superior, para a formação de sacerdotes e estes cursos se estenderam pois oportunizaram os que pretendiam seguir as profissões na Europa, na Universidade de Coimbra em Portugal mais famosa no campo das ciências jurídicas e teológicas, e na Uniersidade de Montpellier na França a mais procurada na área da medicina.
Entretanto os índios ficaram a depender dos interesses dos portugueses, que audaciosos invadem o seu território e passam a dominá-los em todos os campos, por um lado os portugueses por outro lado os jesuítas em converter ao cristianismo e aos valores europeus, os colonos em usurpá-los para o trabalho escravo. Diante desse “fogo cruzado” cada povo tem o seu argumento em protegê-lo; e com este intuito os jesuítas para defendê-los das mãos dos colonos criaram mecanismos como as denominadas Reduções ou Missões, passaram pelo processo de catequização foram orientados para ao trabalho agrícola que era uma fonte de renda.
O trabalho das missões desencadeou com os índios uma nova forma de comunidade deixaram de ser nômades e passaram a ser sedentário esta nova organização contribuiu para serem capturados pelos com facilidade chegando a agregar tribos inteiras.
Os jesuítas permaneceram como mentores da educação brasileira durante duzentos e dez anos, até 1759, quando foram expulsos de todas as colônias portuguesas por decisão de Sebastião José de Carvalho, Marquês de Pombal, primeiro-ministro de Portugal, de 1570 a 1777. No momento da expulsão, os jesuítas tinham 25 residências, 36 missões e 17 colégios e seminários menores e escolas de primeiras letras instaladas em todas as cidades onde havia casas da Companhia de Jesus. A educação brasileira, com isso, vivenciou uma grande ruptura histórica num processo já implantado e consolidado como modelo educacional. ( Unopar módulo I pag. 145)
Os colégios jesuíticos na sua conjuntura eram únicos e exclusivos formadores de elites. Enquanto os índios eram apenas para ser catequisados para permanecerem obedientes aos mandados as orientações. Sendo que a educação profissional de técnicas rudimentar que se dava através do convívio o que o ambiente proporcionava índios, negros ou mestiços. Vale ressaltar que a educação feminina restringia boas maneiras e prendas domésticas como cozinhar, lavar, cuidar do esposa dos filhos.
E assim a educação brasileira foi vivida por várias décadas com a idéia impregnada dos ensinamentos do cristianismo, onde não tinham liberdade de expressão, onde tudo era pecado, com as normas prontas acabadas, recebiam as informações básicas tendo no padre a pessoa de Deus, pessoa sagrada. Frente a administração e as orientações contidas nas constituições é mais um ponto relevante para que governo português e Jesuítas entrassem em choque culminando assim a expulsão da Companhia de Jesus de Portugal, e, 1759.e com a expulsão dos Jesuítas poucas coisa ficou da educação. E assim nasce uma nova educação intitulada educação Pombalina em homenagem a Márquez de Pombal que de ante mão não tinha nenhuma preocupação em fazer acontecer uma educação de fato, mas sim interesse, próprio.
“Diante dessa realidade Marquês de Pombal foi um importante político de Portugal durante o século XVIII. Buscando neutralizar a influência política e econômica da Companhia de Jesus no Brasil, Pombal expulsou os jesuítas em 1759 “(citação)
Estamos diante de um paradoxo, por um lado os jesuítas preocupavam-se com o proselitismo defendendo a sua congregação assuntos relacionados ao crescimento da fé Católica, por outro lado Marques tinha em mente reestruturar Portugal do enfraquecimento que se encontravam frente as potencias europeus da época. Por isso nenhum interesse em dar continuidade à educação jesuítica, nem tampouco de olhar o índio e as demais raças como seres capazes de receber e transmitir conhecimentos. Evidentemente nesta briga de poder cada grupo tinha a sua linha de trabalho. Mesmo com todo este poder eles precisaram tirar proveito do trabalho implantado pelos jesuítas, visando os interesses do Estado, pensam em reestruturar a escola para atender seus interesses e consequentemente do seu país. Então através de um alvará, o Estado assumiu os encargos, inserindo leigos no processo ensino aprendizagem e diversificando as disciplinas isoladas por meio de aulas particulares denominadas aulas regiasNo contexto social e produtivo da exploração colonial os indígenas foram o alvo, seguido do negro africano escravizados chegando ao território com a função exclusiva de satisfazer os interesses da burguesia portuguesa. Frente a esta realidade Marquês de Pombal objetivou universalizar o ensino, mantendo o mesmo padrão estabelecido pelos padres colonizadores; sua postura não contribui para eliminar as regras cristãs. Os índios mantiveram atrelados aos ensinamentos cristãos. “Neste período com a Constituição de 1824, as escolas de primeiras letras foram ampliadas em todas as cidades e as medidas implementadas pelo Ato Adicional de 1834” .( pag. 10 Ana Lúcia Lana Nemi João Carlos Martins livro da Lívia)
Mesmo com a atitude de Marquês de Pombal em universalizar o ensino, não foi alterado a influencia religiosa, manteve-se em pé de igualdade com os “coronéis’ os políticos os latifundiários donos das terras tinham a autonomia em decidir os rumos do Estado e consequentemente a educação mantendo os mesmos ensinamentos, pois as pessoas permanecem pacatas, tranqüilas sem reivindicar, por medo, por terem os seus diretos banidos, sem terras, sem religião, sem família sem liberdade; e mais chance dos Portugueses ganhar dinheiro de enriquecer. Como homenagem ao Marquês de Pombal “batizam “o novo modelo de educação pombalina, onde a política intencionava mais uma conquista pelas terras que estava em seu poder saindo do mercantil para a industrial, e esta não obteve êxito.
Diante dessa realidade, era necessário tirar o maior proveito possível da Colônia. Era necessária uma intensa fiscalização das atividades aqui desenvolvidas. Essa ampliação do aparelho administrativo e o conseqüente aumento de funções de categoria inferior passou a exigir um pessoal com um preparo elementar. As técnicas de leitura e escrita se faz necessárias, surgindo, assim, a instrução primária dada na escola que, anteriormente, cabia á família. Unopar pg 144 1módulo
Mesmo com essa oportunidade os alunos continuavam a aprender a disciplina de história da mesma maneira que eles queriam, sem oportunidades deles estudarem sua própria realidade e sim partindo de datas, nomes, contradições exclusões sociais do processo histórico. E nesse período acontece a Proclamação da Republica é Proclamada por uma necessidade de criar um corpo administrativo de burocratas e políticos, que fizessem a máquina do Estado funcionar aumentando assim a demanda por escolas e letrados assumiram o papel de organizadores do ensino público. E assim ficou na incumbência do Império o ensino primário enquanto o superior ficaria a cargo do governo central e assim o ensino secundário ou profissional em diversas províncias sem um projeto nacional de educação.
E com isso as províncias do Império não conseguiram se estruturar, e assim o ensino médio não atendeu a população. Nesse tempo as escolas particulares com a influência religiosa foram se expandindo a formando elites enquanto as outras pessoas ficavam em segundo plano.
O governo central cumpre o seu papel fundando escolas de nível superior na área de Direito, esta iniciativa não deu prioridade ao ensino básico nem tão pouco a disciplina de história, fazia parte do currículo. A elite reproduzia apenas a sua própria história. Nessa perspectiva o período colonial adquiriu autonomia política em 1822, fazia-se uma Constituição. A escola estava presente a idéia de Um Sistema Nacional de Educação, em seu duplo aspecto: a graduação das escolas e a distribuição por todo o território nacional que passaria a existir escolas, ginásios, e universidades nos mais diversos e apropriados locais. Já no texto a constituição outorgado , a idéia de Sistema Nacional de Educação foi deixada de lado. Pois o artigo 179 menciona os seguintes termos:” A inviolabilidade dos direitos civis e políticos dos cidadãos brasileiros, que tem por base a liberdade, as segurança individual e a propriedade , é garantida pela Constituição do Império “ Módulo I UNOPAR pg. 147.
A Lei de 15 de outubro de 1827, única lei geral relativa ao ensino elementar até 1964, mais uma vez se tem a comprovação dos limites com que a organização educacional foi encarada. Mesmo assim a sociedade brasileira, não teve os direitos adquiridos colocá-los seus filhos na escola, enquanto cidadãos livres De 1847 até 1844, D. Pedro II edita decretos criando a Inspetoria Geral da Instrução Primaria e Secundária do Município da Corte, destinada a fiscalizar e orientar o ensino publico e particular em 1854. Criou também um estabelecimento das normas para o exercício da liberdade de ensino e de um sistema de preparação do professor primário, além da reformulação dos estatutos do Colégio de preparatórios também no mesmo ano. UNOPAR 147 Modulo I A transmissão do primário deu continuidade com as aulas de leitura e escrita e calculo deu-se inicio escolas normais (Magistério professor) na terceira década do século XIX, com esta organização a educação teve uma mudança satisfatória, com uma diferença contemplando apenas o sexo masculino por falta de organicidade a supremacia da literatura, pela aplicação dos métodos tradicionais.
Ao final do Império , o Brasil possuía 82% de analfabetos, ou seja, pessoas que nem haviam entrado na escola. A educação continuava a reforçar a exclusão das camadas populares iniciada pelos jesuítas.. Pag16 Ana Lucia Lana nemi
Com a perspectiva da Proclamação da Republica de organizar rede publica de “ensino para todos” foi impossível mesmo com todo empenho por parte das camadas populares, só em 1830 com o desenvolvimento exacerbado da industria a concretização do ensino básico passou a ser vista com outros olhos pelo governo, constata-se que a educação brasileira decorre por uma serie de acontecimentos que emperra de caminhar, de se estruturar e mais uma vez este avanço é interrompido com a Revolução de 30 inflexível quanto aos discursos , que as camadas populares pelo crescimento da rede oficial de ensino conseguiram responsabilizar o Estado por meio da Constituição 1934, pelo estabelecimento de um Plano Nacional de Educação.
Vale salientar, que esta discussão sobre a reestruturação da rede publica de ensino ocupou toda a Primeira Republica. Com ressalva era vista como uma solução para todos os problemas sociais e iriam dar prioridade e passar a valorizar a cultura regional, por sua passariam a “valorizar” a zona rural em função de um conjunto em favorecer a elite da época pois no inicio do século XX a exportação da agricultura era forte.
O que podemos destacar como positivo até então na educação brasileira, era baseados em fatos e pouca critica, em vez de se discutir a concentração da terras, o poder mostra mais uma vez suas garras e passa a construir obras. Em contrapartida os movimentos sociais despontam e passam a exercer um poderio sobre as terras como o cangaço como lideres populares, marginais, e sanguinários que não aceitavam a onde estabelecida pelos governadores e presidentes.
E assim um novo marco a Primeira Constituição da Republica a de 1891, e que o ensino superior e secundário passaria a pertencer a União, enquanto o primário, e o técnico profissionalizante ficaria sobre a incumbência dos Estados. Esse duelo entre os poderes públicos dificultava o encaminhamento das reformas exigidas pelas classes populares, reivindicando o direito á escola básica. E as discussões a respeito do ensino secundário e o complemento em relação aos superior chega o curso técnico com o objetivo em formar mão de obras capaz de inserir na sociedade, e os novos debates surgem por exigir uma Escola Nova, procurando valorizar o Papel do aluno no processo educacional, e mais uma vez a elite engaveta este projeto.
A primeira Republica não se comprometeu a superar o analfabetismo, e assim este projeto foi evidenciado na Revolução de 30 enquanto isso a Constituição de 1831 manteve-se o ensino de história nos métodos tradicionais alienantes do período colonial, sendo que 1934 sob a influência do movimento Escola Nova, adquiriu força e perante o processo histórico o aluno como agente do conhecimento.
Ao fazer uma análise do processo educacional brasileiro é de uma complexidade sem limites, mas que começa a ganhar formas próprias, e a chance do aluno tornar-se protagonista da sua história como sujeito de transformação.
Assim o serviço do poder cria mecanismos para que o Estado crie escolas diferentes para atender a elite e a camada popular, desconsiderou os movimentos existentes, e criou no Brasil um período forte de repressão, onde os debates sobre educação, ficaram a cargo da sociedade cível, a população mantinha-se afastada e as questões de educação passou a ser determinado pelo governo.
O governo conservador dessa época, mediante a Constituição outorgada em 1937, não apenas separou o ensino secundário (para elites) do profissionalizante (para s classes populares). Como também expandiu a rede oficial com base no clientelismo político. Ana Lúcia pg 18
Estamos envoltos de uma história orientada como “objeto” de reprodução dos valores dominantes e de alienação, voltamos a “zero” na base do “decoreba “ sendo fundamentais e mais uma vez a nossa história fica de escanteio, e o intrigante diante de tudo isso é que a história se repete.
E a luta constante nesse período que se deu entre 1954 a 1964, trouxe consigo pontos relevantes a nível nacional populares onde buscavam democratizar a cultura por meio da erradicação do analfabetismo.Com a publicação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 4024/61 e a conseqüente possibilidade de se desviarem recursos públicos particulares essas questões ganharam força se estruturaram atuando fora no âmbito do Congresso Nacional e questionando a estrutura social vigente no país.
A promulgação da Lei 4024/61 deixa claro que o “ensino para todos” deixava a sociedade para se inserir no âmbito da sociedade civil. A história era exclusividade para os movimentos de caráter político e popular, disciplina fundamental para que o homem assumisse uma postura critica diante da vida e do seu grupo da qual estava inserido. A alfabetização deveria ser feita com base na realidade do aluno dando oportunidade de trabalhar no seu contexto. “Porém este “ensino para todos” tem os seus dias contados, com o golpe militar 1964 freou a crescimento dos movimentos populares em sua luta pela democratização do acesso ao saber implantando novamente um modelo elitista de educação” pag 19 ana Lucia e João Carlos
Com o golpe militar época crucial disputa acirrada entre os países comunistas e capitalistas obrigam os países pobres dentre eles o Brasil a se curvar pelas grande potencias como os Estados Unidos para permitir a entrada das multinacionais. E a educação como mentora deveria garantir o apoio da população uma ponte de alinhamento, e assim os disputas sobre a educação na esfera da sociedade política se deu por severas repressão e assim fortalecendo a chamada pedagogia tecnicista voltada exclusivamente par o tecnicista.
Acreditavam os governantes de então que a escola secundaria deveria preparar o estudante para ocupar um lugar no mercado de trabalho segundo as necessidades da indústria em expansão. O “ensino de todos” voltou-se definitiva e claramente, para a subserviência aos interesses do capital internacional e ás nossa elites. Ana Lucia pag 20
A educação no Brasil não tem autonomia vive em função da elite tanto nacional como internacional, só visando interesse, ela responde por toda e qualquer mudança te tudo que acontece fere, regride e os direitos não são respeitados e o ensino de história foi acoplado ao de geografia numa disciplina estudos sociais. Perdendo assim a sua originalidade onde reforçava mais uma vez o saber que constituía o saber das elites. Esta pedagogia tecnicista, mas uma vez reforçada pela criação do Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL) que não superou o índice de analfabetismo pois as vagas não eram preenchidas e o fazer história não acontecia, mantendo –se sob o domínio das autoridades e da censura, só era possível ensinar uma história elevando os vultos nacionais, e que não mencionassem as injustiças, socais do país.
Diante dessa realidade patética, na década de 80 e recessão econômica provocada pelo endividamento externo e pela diminuição das taxas de crescimento levou a abertura a novas mobilizações populares no campo de educação, parece preocupar-se com os problemas referentes a conteúdos com os métodos e com a questão da organização como trabalhar com os educandos..
O “ensino para todos” deve definir-se quanto aos conteúdos a serem ministrados a aos métodos capazes de viabilizá-los? Ou deve priorizar a formação critica e ajudar o aluno a se organizar politicamente? Ou será que essa duas colocações são complementares? Ana Lucia pg 20
Estamos diante de umas serie de interrogações que norteiam a educação brasileira dando uma nova roupagem para ser trabalhada politicamente dando ênfase a história como papel fundamental no seu tempo, não omitindo nem tampouco negando o contexto histórico informações precisas, onde privilegia fatos isolados dominada pelas elites governamentais o povo não é como agente do processo histórico. Os heróis as datas e circunstâncias parecem descontextualizadas como se fossem obras de alguns indivíduos e não uma construção coletiva
Os problemas educacionais do Brasil são oriundos desde o seu descobrimento, na pessoa dos portugueses, onde o descaso ao homem de outra realidade índios pessoas simples, sem letramento onde os ditos “civilizados “movido pela ganância, insensíveis em todos os aspectos até na maneira de transmitir o novo, a escolarização.
A história de educação do Brasil é distinguida por mudanças uma após outra, por uma política de falsa democratização, interrupções dos direitos. Tendo em vista que o ensino de História, na totalidade não foi adequada de liberar a influência da religião Católica (tradicional), não consegui despertar o espírito crítico e a participação dos educandos para uma sociedade onde o futuro do país está especificamente em estudar, ensinar suas realidades.
Na década de 1930, com o desenvolvimento, e a influência e a idéia liberal, de transmitir os conhecimentos mostrando a realidade do Brasil , ensinando suas riquezas, que estávamos vivendo num país do futuro sem conflitos sem problemas no entanto para compreendermos o conceito de história faz se necessário esclarecermos a visão desse campo para passarmos a conhecê-lo, pois durantes muito tempo ensino de 1º grau, a história fez parte do currículo, esteve camuflado com Geografia e Estudos Sociais uma forma interdisciplinar não com o objetivo de trabalhar a interdisciplinaridade e sim, forma de ludibriar a realidade, levar avante os caprichos de uma sociedade burguesa sem interesses em educá-los.
E assim a dsiciplina de estudos Sociais
Sabe-se que enquanto menos letrados, mas fácil de sermos manipulados, e este quadro é presente no nosso cotidiano, contudo na atualidades podemos contemplar alguns pontos que sobressaem para a melhoria da educação, mas em contrapartida existem fortes indícios que impede da educação caminhar, tendo em vista que é um processo lento, que tem uma história caótica, vindo por parte dos políticos e assessores sem compromisso e o ideal deles é manter-se no poder e uma educação sem compromisso é o ideal para mantermos presas a estas pessoas principalmente as pessoas sem letramento. Representantes responsáveis pelo pais que tem nas mãos o poder de usurpar este bem tão precioso a educação sem nenhum interesse em solucionar problemas dessa natureza, visto que não podemos generalizar pois temos pessoas comprometidas mestre em educação , que acreditam nesta mudança que parte de cada um. Pois é o mecanismo forte para manter-se no poder, e uma educação sem compromisso é o ideal par mantermos presos a estas pessoas

Percebe-se, todavia, que a educação é um processo mental de grande complexidade. Para que ele seja desenvolvido de forma eficiente, será necessário que se utilize um método que se proponha, não só desenvolver as competências necessárias à formação do leitor, mas principalmente, transformá-lo em um leitor autônomo, que saiba decidir quais leituras são importantes à sua formação, possibilitando-lhe a consciência do aprender.

Questionário da minha pesquisa
1) Como você se sente em relação a sua família:
a) ( ) acolhido(a), protegido(a) amado (a)
b) ( ) não sei
c) ( ) indiferença

2) Tem algumas dificuldades no relacionamento?
a) ( ) sim
b)( ) não
c)( ) não sei
d) ( ) ás vezes

3) Com freqüência seus pais freqüentam a escola?
a) ( ) sempre
b) ( ) raramente
c) ( ) nunca

4º) Seus amigos da escola são os mesmo do dia a dia?
a) ( ) sim
b) ( ) não
c) ( )alguns

5) Você é estimulado pela família a estudar?
a) ( ) sim
b) ( ) não
c) ( ) ás vezes

6) Freqüenta biblioteca?
a)( ) ás vezes
b) ( ) raramente
c) ( ) nunca

7)Você gosta da escola?
a) ( ) sim
b) ( ) não
c) ( ) Às vezes

8) E dos professores?
a) ( ) sim
b) ( ) não
c) ( ) alguns

9) Como você se sente em relação a escola?
a) ( ) acolhido (a) protegido ( a) querido (a)
b) ( )não sei
c) ( )ás vezes

10º) Na sua opinião o que dificulta sua aprendizagem da leitura
a) ( )Família
b) ( ) professores
c) ( ) falta de interesse
d) ( ) Não tenho dificuldade
e) ( ) Não gosto da matéria Língua Portuguesa

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