quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

A IMPORTANCIA DA APRENDIZAGEM PARA A INSERÇÃO SOCIAL

Não é fácil colocar em pratica o que sonhamos, pensamos e idealizamos. Meu intuito na verdade é compartilhar algumas reflexões sobre o papel da aprendizagem na formação do sujeito, formação do professor, psicopedagogo, e de todos os profissionais na relação de ensinantes e aprendentes.
Pois cada sujeito tem sua historia sua singularidade e a psicopedagogia nos coloca numa dimensão de complexidade existente para a compreensão do ser humano nos processos de aprender, que implica em grande heterogeneidade de possibilidades.
Precisamos refletir a respeito da formação docente das pessoas concretas que tem uma vida de luta nas escolas brasileiras. Assim como se cobra intervenção individualizada com diferentes alunos e alunas, também precisa considerar as diferenças desses professores com sua historias de vida, suas formas de interação com outras pessoas, sua construção de conhecimentos e sonhos.
A formação do professor é um tema que necessita ser olhado de perto, com uma nova forma de olhar que modifique a ótica de ver a função dos professores, recuperando sua grandeza. A cultura do fracasso presente em nossas escolas não dependerá exclusivamente da formação do professor, sabemos que uma serie de fatores contextuais interferem no processo. O êxito dependerá muito da participação do alunado.
Enquanto a formação do educador é preciso perguntar, por exemplo: Qual sua alegria no trabalho? Seus sonhos mais profundos de realização? Por que se tornou professor? Por que permanece na profissão? Provavelmente está vinculado á sua condição econômica, as circunstâncias sociais de sua vida, falta de opção etc. É necessário que ele se interrogue sobre suas escolhas, práticas desejos, limitações e possibilidades.
É sabido que os cursos por si só não modificam nossas representações, é preciso ter consciência do fazer do professor num compromisso maior com sua profissão. Muitos executam bem suas obrigações e sem duvida permanecem nesta profissão por toda uma vida e em muitos momentos ainda se encantam com ela, dando-nos o passaporte de nossa singularidade.
Formação do professor para a diversidade, falamos tanto nesta questão, mas será que todos têm conhecimentos específicos nessa área? De uma forma geral a formação para a diversidade começa em nos assumirmos como pessoas diversas, aprendendo a todo o momento com a diversidade dos outros. Tolerar que o outro não seja nosso espelho, olhar alem de nós. Talvez a tolerância seja uma das atitudes interdisciplinares que mais temos que cultivar, quando formamos professores para a diversidade.
Nas aulas se evidencia uma grande distancia entre a intenção e ação. Daí surgem as questões relativas á dicotomia teoria e pratica, isso nos leva a pensar sobre a formação dada nos cursos de preparação de docentes, se aquilo que se ensina, se discute, visando “preparação” ou ”aperfeiçoamento pedagógico” acaba sendo mero adorno, algo inútil e inadequado. Na maioria das vezes o planejamento é visto com mais uma mera atividade burocrática a ser cumprido devido á exigências administrativa e não como uma referencia para ação e avaliação dessas ações. Como conseqüência ainda vê professores transcrevendo planos de anos anteriores ou de outros colegas que permaneciam em gavetas ou arquivos. E as representações dos professores acerca dos alunos aprender e não aprender prevalecem as mesmas concepções atribuindo o fracasso escolar ao próprio aluno, considerando-o portador de algum atraso no desenvolvimento psicomotor, cognitivo, lingüístico ou emocional (conversa muito, é revoltado, fala errado, não tem assimilação, lento, não faz lição de casa etc.) ou então á deficiência ou desestruturação familiar (pais não vivem juntos, pai alcoólatra, pais não acompanham o filho, mãe trabalha fora, pais brigam etc.) sem se ater ás condições de aprendizagem oferecidas pela escola e a outros fatores intra-escoalres

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