quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Inclusão!

É preciso refletir sobre a formação dos educadores, pois essa formação não é para preparar alguém para a diversidade, mas para a inclusão, porque a inclusão não traz respostas prontas, não é uma multi habilitação para atender a todas as dificuldades possíveis na sala de aula, mas uma formação em que o educador irá olhar seu aluno de outra dimensão tendo assim acesso as peculiaridades desse aluno, entendendo e buscando o apoio necessário. Finalizando, cabe refletirmos sobre que é ser igual ou diferente? Pois se olharmos em nossa volta, perceberemos que não existe ninguém igual, na natureza, no pensamento, nos comportamentos, nas ações etc. e as diferenças não são sinônimas de incapacidade ou doença, mas de equidade humana.

karmem

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Se nem cópia adianta, é melhor não fazer nada!

Declev Dib-Ferreira

Você pode achar e chamar do que quiser o que vou dizer, mas tem turma que simplesmente, não dá pra dar aulas! Não dá pra trabalhar! Tentar fazê-los fazer algo, tentar ensinar algo, tentar um trabalho em grupo, tentar um texto com exercício, tentar uma pesquisa é muito difícil.
O conjunto de seres que se forma pode ser de tal forma que inviabiliza quaisquer tentativas de trabalho minimamente pensante. Sem discutir as causas de tal fato, o fato é que há.
Nestes casos, sinto muito a humanidade que espera que eu a salve do fim através do meu poder de professor, mas pego um giz e encho o quadro. Sabe a tevê, usada como babá eletrônica? O quadro cheio é o mesmo.
Numa destas turmas onde não consigo produzir nada, a aluna reclama que “não passo nada no quadro”, que “não tem matéria nenhuma no caderno” e por isso não vem a minha aula. Balela, claro. E realmente, ela tem mais de 50% de faltas.
Pra quem já leus outros posts meus e conhece meu trabalho, sabe que utilizo muito a técnica do aluno-que-aprende-não-o-professor-que-ensina. É só ver alguns exemplos. Só que desde que entram na escola, têm como sinônimo de “aula” o cuspe-e-giz.
Mas tudo bem, este é o problema? “Peguem o caderno, vamos colocar matéria aí!”. Reclamação geral, quase linchamento da coitada.
Dividi o quadro em 5 partes e comecei. No meio da 2a parte a própria aluna reclama “chega professor, é muito!”. Nem dois quintos do quadro e eles já estavam reclamando, com os dedos doendo.
Mas então, peraí! Cópia é chato, exercício é chato, pesquisa é chato… hummm… que tal nada fazer?

Projeto de educação para uma escola diferente – como fazer algo diferente?

Declev Dib-Ferreira
PROJETO ESCOLA QUE PESQUISA
• Divisão das turmas em grupos de 4 ou 5 alunos(as);
• Cada grupo terá um nome, escolhido pelo mesmo;
• Cada grupo receberá um caderno para anotações das atividades diárias nas disciplinas (relatório), que poderá ser acompanhado por todos os professores(as);
• Cada grupo escolherá um tema para trabalhar;
• Os temas serão dados pelos professores(as) em uma lista prévia. Pode-se, porém, ser escolhido um tema diferente pelo grupo, com autorização dos professores(as);
• O professor(a) separará uma ou mais aulas semanais de sua disciplina para a realização deste projeto, ou mesmo trabalhará somente com este projeto. Os outros tempos, se for o caso, trabalhará com conteúdos específicos da sua disciplina;
• Em todas as disciplinas os grupos irão pesquisar e trabalhar os seus temas, utilizando conceitos da própria disciplina, ajudados pelo professor em questão;
• O corpo docente deverá arrumar fontes de informação diversas para os grupos pesquisarem – não levará a “matéria” pronta, mas as fontes nos quais os grupos poderão pesquisar;
• O corpo docente deverá estar preparado, portanto, a ajudar a todos os grupos / temas a adicionarem informações ao seu trabalho através da sua disciplina;
• Deve-se, para isso, fazer uma mobilização para arrecadação de jornais, revistas, livros, enciclopédias, Atlas e outras fontes de informação.
É o seguinte, explicando novamente: a idéia geral é que toda a escola só trabalhe com pesquisa. Mas ao invés de cada professor/disciplina mandar os alunos fazerem um trabalho diferente, os alunos farão o mesmo trabalho, com o mesmo tema em todas as disciplinas.
Os professores deverão trabalhar aqueles temas direcionados para a sua área do conhecimento. Para isso lançarão mão de jornais, revistas, livros paradidáticos, didáticos, literários, vídeos, documentários, etc.
Ao final do projeto – que pode durar um trimestre letivo, por exemplo, se faz um evento para a mostra dos trabalhos. Fechando este ciclo, pode-se reiniciar, com novos temas para cada grupo.
Os temas serão sorteados e nunca repetidos dentro da escola- ou seja, cada grupo tem um tema único na escola inteira. E cada sala terá 5, 6 ou mais grupos. Se tiverem 10 salas, serão 50 a 60 temas atravessados por todas as disciplinas!
Exemplos de temas:
• Aquecimento global;
• Esportes e saúde;
• Reciclagem;
• Família Real no Brasil;
• Drogas e violência;
• Violência doméstica;
• A imigração no Brasil;
• A emigração brasileira;
• Êxodo rural;
• Mata Atlântica;
• O teatro;
• Artes plásticas;
• Ocupação do solo urbano;
• Pobreza no Brasil;
• Machado de Assis;
• Gravidez na adolescência;
• Etc.
Então, por exemplo, o grupo que ficar com o tema “pobreza no Brasil”, quando tiver aula de Ciências será orientado pelo professor da disciplina a achar dados importantes para seu trabalho dentro da área de ciências (alimentação, corpo humano, consequências para a saúde, etc.).
Quando for aula de Geografia a mesma coisa, ligada a esta disciplina; de História idem e assim por diante.
O professor terá, então, em sua sala de aula, 5 ou 6 grupos trabalhando diferentes temas.´

Como fazer nossos alunos aprenderem a pensar?

Declev Dib-Ferreira

Não sei se é verdadeira este texto ou não, mas achei interessante. Copio e colo aqui, após meus comentários.
Isto é que é aprender a pensar.
Talvez seja exatamente isto que devemos fazer com nossos alunos, fazê-los aprender a pensar, a raciocinar sobre qualquer assunto, em qualquer lugar.
Mesmo em situações inexistentes.
Eles devem saber buscar as informações, a pesquisar, a retirar das fontes de conhecimento os dados que vão colocar nas mentes e, com eles, reorganizá-los para gerar um conhecimento.
Mas tá tão difícil…
Ontem, em uma turma da 6a série (7o ano agora), coloquei um exercício no quadro:
“Ler o capítulo 2 e fazer os exercícios da página 41″
Começa a confusão pelo fato de mais da metade da turma não trazer o livro. Este foi distribuído aos alunos – algo que sou extremamente contra, devido esta realidade que vos conto – e eles não levam à escola.
Mas pedi para que fizessem em dupla.
Depois de uns dois ou três minutos começa a chuva de perguntas:
“Professor, é pra fazer o quê?”
“Professor, é pra ler onde?”
“Professor, é pra ler estas perguntas aqui?”
“Professor, é pra ler esta página?”
“Onde achamos as respostas?”
Reconstato, quase desesperançado, que eles simplesmente não sabem nem mesmo como olhar, folhear e buscar as informações de um livro didático! Na 6a série!!
Não sabem o que significa “capítulo 2″…
Pego o livro, subo em uma cadeira para que todos me vejam – eram 38 adolescentes em sala – e começo:
“Gentes, este é um livro. É um livro didático, para ser utilizado na escola para estudar e aprender sobre determinado assunto. Aqui temos a capa, esta folha com papel mais duro. Na capa, temos informações que permitem saber o que vamos encontrar no livro – neste caso Ciências Naturais -, quem fez o livro – o autor -, a editora que o imprimiu e a série que vai trabalhar com ele. Dentro, vocês podem perceber em todos os livros didáticos que vocês têm, que ele é dividido em ‘pedaços’, que são chamados de ‘capítulos’. Cada capítulo é como se fosse um pequeno livrinho dentro do livro, sobre um tema específico, mas sempre sobre o grande assunto do livro, que, como eu disse, neste caso é sobre Ciências Naturais. Cada capítulo, por sua vez, ainda é dividido por subtemas. Como podemos então, achar o que queremos dentro de um livro? Vemos aqui no início. Todo livro didático tem, no início, uma parte chamada sumário, ou índice, onde encontraremos todos os assuntos – capítulos e subtemas – que o livro traz. Então [mostrando o sumário], daqui até aqui, é o capítulo 1 e as páginas onde encontraremos seus assuntos. Daqui até aqui, o capítulo dois, daqui até aqui o capítulo três e assim por diante. E, por fim, vocês vão perceber que nos livros didáticos – podem comparar com os outros, de História, Geografia etc., – existe, geralmente no final de cada capítulo, uma série de questões, de perguntas para serem respondidas. Estas perguntas servem para ajudar os alunos a estudar, a olhar novamente o texto, a buscar informações e fixar aquilo que ele leu. Portanto, quando eu falo para ler o capítulo dois, estou falando para ler… ‘da página tal à página tal’ [eles respondem], e quando falo para responder as perguntas da página 41 vocês vão procurar as informações para dar as respostas onde? ‘no capítulo dois!’ [eles repondem]“.
Caras de quem estava vendo e ouvindo isto pela primeira vez.
Acho que alguma coisa está errada no nosso ensino, não?
Vamos ao texto ao qual me referi lá no início.
Divirtam-se…

Engenharia Química da UFBA
Pergunta feita por Professor(a) da matéria Termodinâmica, no curso de Engenharia química da UFBA em sua prova final.
Esse Professor é conhecido por fazer perguntas do tipo “Por que os aviões voam?” em suas provas finais.
Sua única questão, nessa prova, foi:
“O inferno é exotérmico ou endotérmico? Justifique sua resposta.”
Vários alunos justificaram suas opiniões baseadas na Lei de Boyle ou em alguma variante da mesma.
Um aluno, entretanto, escreveu o seguinte:
“Primeiramente, postulemos que o inferno exista e que esse é o lugar para onde vão algumas almas. Agora postulemos que as almas existem, assim elas devem ter alguma massa e ocupam algum volume. Então um conjunto de almas também tem massa e também ocupa um certo volume. Então, a que taxa as almas estão se movendo para fora e a que taxa elas estão se movendo para dentro do inferno? Podemos assumir seguramente que,uma vez que uma alma entra no inferno, ela nunca mais sai de lá. Por isso não há almas saindo.
Para as almas que entram no inferno, vamos dar uma olhada nas diferentes religiões que existem no mundo e no que pregam algumas delas hoje em dia. Algumas dessas religiões pregam que se você não pertencer a ela, você vai para o inferno … Se você descumprir algum dos 10 mandamentos ou se desagradar a Deus você vai para o inferno.
Como há mais de uma religião desse tipo e as pessoas não possuem duas religiões, podemos projetar que todas as almas vão para o inferno. A experiência mostra que pouca gente respeita os 10 mandamentos. Com as taxas de natalidade e mortalidade do jeito que estão, podemos esperar um crescimento exponencial das almas no inferno.
Agora vamos olhar a taxa de mudança de volume no inferno. A Lei de Boyle diz que para a temperatura e a pressão no inferno serem as mesmas, a relação entre a massa das almas e o volume do inferno deve ser constante. Existem, então, duas opções:
1) Se o inferno se expandir numa taxa menor do que a taxa com que as almas entram, então a temperatura e a pressão no inferno vão aumentar até ele explodir, portanto EXOTÉRMICO.
2) Se o inferno estiver se expandindo numa taxa maior do que a entrada de almas, então a temperatura e a pressão irão baixar até que o inferno se congele, portanto ENDOTÉRMICO. Se nós aceitarmos o que a menina mais gostosa da UFBA me disse, no primeiro ano: “Só irei pra cama com você no dia que o inferno congelar”, e levando-se em conta que AINDA NÃO obtive sucesso na tentativa de ter relações amorosas com ela, então a opção 2 não é verdadeira.
Por isso, o Inferno é exotérmico.”
O aluno tirou 10 na prova.
CONCLUSÕES:
“A mente que se abre a uma nova idéia jamais volta ao seu tamanho original.”
“A imaginação é muito mais importante que o conhecimento.”
“Um raciocínio lógico leva você de A a B. A imaginação leva você a qualquer lugar que você quiser.”

REUNIÃO DE PAIS E MESTRES NO AMBITO ESCOLAR

Por
Karmem Amambahy
A página de hoje fala sobre a importância da reunião de pais e da participação das famílias dentro do projeto educativo da escola dicas para os professores de como aproveitar ao máximo o encontro com os responsáveis pelos alunos
Reunião de pais é um importante instrumento de aproximação entre a família do aluno e a escola. “Não é o único e tão pouco o mais importante dos instrumentos, mas pode ser fundamental para que os pais se aprimorem como educadores dos filhos e compartilhem com os professores e com outros pais, as dificuldades, desafios e soluções da educação”. A importância das reuniões entre pais e mestres está ligada diretamente ao projeto educativo que a escola adota. Se o trabalho ficar restrito aos conteúdos formais, os professores podem simplesmente prestar conta aos pais do que ensinaram para as crianças. Porém, se o trabalho for mais amplo, as reuniões assumem outro sentido e podem ter outros objetivos também. Portanto, as reuniões revelam como o projeto adotado pela escola pensa a educação.
No caso de um ensino voltado só para a aprendizagem de conteúdos das disciplinas formais, o pai vai à escola simplesmente para saber o que os filhos aprenderam e a escola se organizará apenas para mostrar o quanto ensinou. “Os pais podem entender que seu papel se restringe à cobrança da aplicação do currículo, do conteúdo das disciplinas”, Por outro lado, quando o projeto é mais amplo, preocupado com a formação de cidadãos, o encontro entre os professores e os pais também é mais amplo. E as reuniões se tornam momentos em que pais e mestres podem realmente assumir uma parceria na educação das crianças.
A equipe pedagógica da escola tem pontos de vista comuns com os das famílias no que diz respeito à educação. A troca de experiências é fundamental. A parceria entre pais e escola, quando está afinada, pode contribuir para a formação cidadã dos alunos e solidificar a construção dos conhecimentos. “Estabelecendo um objetivo comum, em casa e na escola, de formar pessoas melhores para a sociedade”, Os professores podem estreitar as relações com a família através de bilhetes enviados para casa explicando as tarefas solicitadas aos alunos. “É importante o pedido para que os pais participem do processo educativo dos filhos. Quando são convidados para uma reunião, os pais devem sentir prazer em participar. Não se trata dos professores serem amigos dos pais, mas de conseguirem deixar clara a importância da participação. Para, com isso, gerar uma empatia educativa.”
O primeiro passo para chegar nessa cumplicidade é tomar cuidado para que os pais não se sintam obrigados a ir às reuniões. “Hoje, por exemplo, usa-se como recurso desenvolver uma atividade em aula com os alunos para que seja entregue para os pais durante a reunião. Assim as crianças exercem uma pressão para que os pais compareçam. Mas essa estratégia pode atuar contra, porque os pais se sentem obrigados e pressionados a ir até a escola.”
As reuniões devem acontecer preferencialmente no período noturno, devem ser sucintas, com uma pauta clara, que explicite os assuntos que serão abordados e que precisa ser enviada às famílias com antecedência. “Dessa forma, os pais sabem o que o professor quer realmente conversar com eles.” Deve-se estabelecer um diálogo franco entre os pais e professores dos alunos. Os pais precisam entender que ao ir à reunião eles ouvirão os professores e também outros pais que muitas vezes passam pelos mesmos momentos e dificuldades educacionais que eles. A reunião precisa se tornar um espaço de convívio entre os diferentes educadores (os responsáveis devem ser vistos com educadores) onde são tratados assuntos comuns a todos eles. “Não pode ser apenas os professores contando para os pais o que fizeram.” Segundo a educadora, os professores devem pedir para os pais sugestões de temas para serem abordados nas reuniões.
É importante que outros membros da equipe pedagógica participem das reuniões. “Coordenador, orientador ou a própria direção”. Ela argumentou que esse educador pode servir como mediador entre pais e professores em situações de desconforto, quando, por exemplo, algum pai venha a questionar a permanência na classe de uma criança com dificuldade de aprendizagem ou muito indisciplinada. “A relação entre pais e professores tem uma intimidade que deve ser preservada e quando há questionamentos é interessante haver alguém que retire a questão do fórum de debates e dê espaço para os pais falarem ou até criticarem as posturas da escola de uma forma mais individualizada.” De acordo com a educadora, os pais são atraídos para a escola quando percebem que têm voz ativa, que são ouvidos pela equipe e que há retorno para as dicas e queixas deles. Sobre o contrato didático firmado entre o professor e seus alunos, no qual os educadores se comprometem a ensinar, a participação dos pais é de ajudar no bom andamento dessa relação. “Os pais são co-responsáveis pela educação dos seus filhos. Se acham que a escola não vai bem, precisam ajudar a melhorá-la a reunião pode ser fundamental para os pais se aprimorarem como educadores dos filhos”.
REFLEXÃO SOBRE O TEMA
Hoje se prega que a escola se transforme saia do cenário transmissivo para o de comunidade de aprendizagem, onde professores e alunos têm coisas a aprender e a ensinar. Isso exige um modelo diferente de ensino. O objetivo não é que apenas os professores ensinem e os alunos aprendam, mas que toda a comunidade educativa – professores pais e alunos – participe do processo de aprendizagem, estabelecendo uma nova relação entre a escola e a família. Formar uma comunidade de aprendizagem exige que todos os envolvidos sejam informados sobre os caminhos que estão sendo trilhados. Exige compromisso, confiança, vínculo, no qual é construído pelo conhecimento. Cada vez mais é necessário que a escola crie espaços de socialização e discussão sobre o trabalho realizado. Saindo da concepção de apresentação para a de construção. O desafio é fazer uma escola bem relacionada com as famílias dos alunos; não apenas trazer os pais para a escola, mas fazer com que eles entendam a escola de seus filhos. A reunião de pais pode ser um dos momentos para isso. Escolheram aquele lugar. Mesmo no ensino público. Portanto, devem se apropriar dessa escolha e participar do projeto desenvolvido ali. Um projeto educacional não é só da escola, é do país. “Os pais precisam tomar consciência de que os filhos deles estão dentro deste projeto e que, portanto, como responsáveis pelas crianças, devem acompanhar o processo educacional e não só vigiar.” os professores, por seu lado, precisam compreender bem a realidade do entorno da escola para ajudar os pais a ser parceiros das famílias dos estudantes. há professores que consideram os pais ausentes na educação dos filhos, pois delegam à escola toda a obrigação da educação. Ela afirmou que, diante do cenário e exigências de trabalho atuais, realmente é difícil para pais, avós e responsáveis encontrarem tempo para a
educação dos filhos. “Não é que eles não amem as crianças; mas sim, que precisam trabalhar para sustentar a família”, Nesse contexto, os professores precisam ser compreensivos e tentar restabelecer a relação entre a casa e a escola e aproximar os pais, dentro das possibilidades de tempo que eles disponham, da educação de seus filhos. é promover projetos com os alunos que envolvam os pais. Uma sugestão é planejar projetos em que sejam solicitados fotos e objetos antigos da família, bem como que os familiares e responsáveis ensinem brincadeiras antigas e até mesmo receitas tradicionais para os estudantes levarem para a aula. O envolvimento dos pais com certeza será gratificante e os aproximará não apenas da escola como também de outros pais e toda comunidade.
Os pais precisam ter consciência de seu papel na complementação da educação dos filhos, da parte que têm na formação das crianças. E que ao encontrarem dificuldades, há alguém na escola para conversar com eles, para tirar suas duvidas, conversar com eles sobre comportamento, atitudes; enfim, que podem pedir ajuda para a escola.
A reunião serve para divulgar tudo isso.
O trabalho junto aos pais ou responsáveis pelos alunos é considerado de suma importância para todo o processo pedagógico vivenciado nas unidades escolares. Para tanto, é necessário que se organize uma diversidade de atividades que envolvem direta e indiretamente as famílias dos alunos.
Os pais devem participar de algumas aulas dependendo do projeto desencadeando organizando jogos, trazendo relatos culturais e diferentes informações que são trabalhadas nas atividades escolares organizadas no calendário escolar, participem também de palestras de interesse da comunidade em geral e da escola. Onde é trabalhada a relação entre pais e filhos, as questões de saúde e de educação, entre outros temas.
A atuação formal a rede municipal tem os Conselhos da Escola que participam junto à equipe de coordenação, professores e demais funcionários da unidade escolar.

Elefante Acorrentado

Você já observou o elefante no circo?
Durante o espetáculo, o enorme animal faz demonstrações de força descomunais.
Mas, antes de entrar em cena, permanece preso, quieto,
contido somente por uma corrente que aprisiona uma de suas patas
a uma pequena estaca cravada no solo.

A estaca é só um pequeno pedaço de madeira.
E, ainda que a corrente fosse grossa, parece óbvio que ele,
capaz de derrubar uma árvore com sua própria força,
poderia, com facilidade, arrancá-la do solo e fugir.

Que mistério!
Por que o elefante não foge?

Há alguns anos descobri que, por sorte minha,
alguém havia sido bastante sábio para encontrar a resposta:
o elefante do circo não escapa porque foi preso à estaca ainda muito pequeno.
Fechei os olhos e imaginei o pequeno recém-nascido preso:
naquele momento, o elefantinho puxou, forçou, tentando se soltar.
E, apesar de todo o esforço, não pôde sair.

A estaca era muito pesada para ele.
E o elefantinho tentava, tentava e nada.
Até que um dia, cansado, aceitou o seu destino:
ficar amarrado na estaca, balançando o corpo de lá para cá, eternamente,
esperando a hora de entrar no espetáculo.

Então, aquele elefante enorme não se solta porque acredita que não pode.
Para que ele consiga quebrar os grilhões é necessário que ocorra
algo fora do comum, como um incêndio por exemplo.
O medo do fogo faria com que o elefante
em desespero quebrasse a corrente e fugisse.

Isso muitas vezes acontece conosco!
Vivemos acreditando em um montão de coisas que não podemos ter,
que não podemos ser,
que não vamos conseguir,
simplesmente porque, quando éramos crianças e inexperientes,
algo não deu certo ou ouvimos tantos nãos
que a corrente da estaca ficou gravada na nossa memória com tanta
força que perdemos a criatividade e aceitamos o
sempre foi assim.

Poderia dizer que o fogo para nós seria: a perda de um emprego,
doença de alguém próximo sem que tivéssemos dinheiro para fazer o tratamento, ou seja,
algo muito grave que nos fizesse sair da zona de conforto.

A única maneira de tentar de novo é não ter medo de enfrentar as barreiras,
colocar muita coragem no coração e não ter receio de arrebentar as correntes!

Não espere que o seu circo pegue fogo para começar a se movimentar.

Vá em frente!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Como manter todos na escola?

Como manter todos na escola?
Rodrigo Ratier
Imagine por um instante o momento mais agudo da aula mais difícil. Meia dúzia de alunos dorme nas ultimas fileiras. Um trio troca mensagens de celular. Dois meninos se estapeiam. Uma turma discute sobre futebol, nas primeiras carteiras, só um pequeno e compassivo grupo se esforça para prestar atenção naquilo que você aos berros, tenta dizer. Nessas horas, um pensamento emerge gostaria de ensinar apenas para os que querem aprender. Quem não esta afim que saia... Será melhor assim! Não será. O desafio de ser professor exige educar todos, sem exceção. O Brasil, por enquanto, esta perdendo esta batalha. É verdade que os índices de acesso á Educação avançaram nas últimas três décadas, mas os indicadores de permanência a taxa de abandono, que mostra os que não concluíram o ano letivo, e a de evasão, que aponta os que não se matricularam no ano seguinte – não caminharam no mesmo ritmo. Hoje cada de 100 estudantes que ingressam no ensino fundamental, apenas 36 concluem o ensino médio.
Responsabilizar o aluno pelo abandono é a saída mais fácil. Na verdade, ele é o menos culpado. Pesquisas indicam que existem dois conjuntos de fatores que interferem no abandono escolar. O primeiro deles é o chamado risco social. Fatores como a condição socioeconômica e o lugar de residência podem aumentar a pressão para a desistência: com a necessidade de complementar a renda familiar, muitos jovens são atraídos pelo trabalho precoce e largam os livros.
POR QUE O ALUNO SE SENTE DESMOTIVAD?
Segundo dados da Pesquisa Nacional os adolescentes que têm ocupação continuam indo às aulas. Entretanto, os estudos mostram que a própria escola colabora para agravar a evasão. Os altos índices de repetência exercem um papel fortíssimo - longe de sua faixa etária original, o aluno se sente desmotivado a seguir aprendendo.
ESCOLA NÃO SERVE PARA NADA?
A miopia para enxergar o problema atrapalha. Em geral, a interrupção dos estudos é o passo final de um processo que deixa sinais. O primeiro costuma ser o desinteresse em sala. Indisciplina e atos de violência também são comuns. Logo começam as faltas, cada vez mais freqüentes. Por fim, a ausência definitiva. Também são recorrentes, sobretudo entre os jovens, as queixas de que a escola "não serve para nada".
POR QUE IR Á ESCOLA?
Estudioso da relação entre os jovens e o saber, o pesquisador francês Bernard Charlot descobriu que a maioria só vê sentido em ir à escola para conseguir um diploma, poder ganhar dinheiro num emprego ou ter uma vida tranqüila no futuro. Como predomina a idéia de um aprendizado sem sentido, muitos se desestimulam e desistem. O desinteresse é a causa principal da saída definitiva para adolescentes entre 15 e 17 anos.
COMO REVERTER A EVASÃO?
Fica claro que a escola precisa olhar para si própria. Do ponto de vista da gestão, uma providência essencial é atacar as causas da evasão. O acompanhamento eficiente da freqüência - que também deve estar na pauta das reuniões pedagógicas - ajuda a mapear o problema e identificar os motivos das faltas. Dependendo da razão, é possível escolher a melhor forma de reverter o quadro: conversas com pais e alunos, visitas às famílias, aulas de reforço e campanhas internas e na comunidade.
SUSPENSÕES E EXPULSÕES SAO EFICAZES?
O tom deve ser de parceria e acolhimento, nunca de punição. Suspensões e expulsões podem ser rediscutidas. A idéia é simples: se a indisciplina é um dos caminhos que levam à evasão, não faz sentido punir o aluno impedindo que ele vá à escola. Em vez disso, é possível pensar em medidas que modifiquem a rotina do estudante, mas que o mantenham na instituição - estudar sozinho, com a obrigação de acompanhar o conteúdo, é uma alternativa.
POR QUE REPENSAR O CURRICULO?
Uma revisão curricular, sobretudo nas séries em que a evasão é maior, parece inevitável. O projeto pedagógico precisa garantir que a escola não seja vista como uma obrigação, mas como um espaço de formação para a vida. Isso inclui, de um lado, diálogo com o universo dos jovens (refletindo, por exemplo, sobre o papel das novas tecnologias). De outro, um esforço para mostrar como conteúdos importantes, mas sem tanta aplicação direta (como boa parte dos tópicos da Matemática), são fundamentais para fazer avançar a capacidade intelectual. A mesma preocupação tem de estar presente em iniciativas de Educação em tempo integral ou no contra turno, que para serem efetivas devem estar articuladas com o projeto pedagógico da escola.
COMO GARANTIR QUE OS ALUNOS ESTAO APRENDENDO?
É necessário também arrumar o "lado de fora" dos muros, atacando o risco social. Em termos de políticas públicas, atrelar benefícios sociais como a Bolsa Família à freqüência escolar funcionou. Reduzindo na população atendida de 4,4 para 2,8% o total de crianças e jovens entre 7 e 14 anos fora da escola. Ampliar a ação pode dar bons resultados. Mas é preciso também garantir que esses alunos aprendam. Nesse sentido, uma boa sugestão é adicionar critérios que possam indicar se o estudante de fato avançou, aproveitando o direito a uma Educação de qualidade - e para todos.
Postado por Karmem
http://educarparacrescer.abril.com.br/gestao-escolar/index.shtml