terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Se nem cópia adianta, é melhor não fazer nada!

Declev Dib-Ferreira

Você pode achar e chamar do que quiser o que vou dizer, mas tem turma que simplesmente, não dá pra dar aulas! Não dá pra trabalhar! Tentar fazê-los fazer algo, tentar ensinar algo, tentar um trabalho em grupo, tentar um texto com exercício, tentar uma pesquisa é muito difícil.
O conjunto de seres que se forma pode ser de tal forma que inviabiliza quaisquer tentativas de trabalho minimamente pensante. Sem discutir as causas de tal fato, o fato é que há.
Nestes casos, sinto muito a humanidade que espera que eu a salve do fim através do meu poder de professor, mas pego um giz e encho o quadro. Sabe a tevê, usada como babá eletrônica? O quadro cheio é o mesmo.
Numa destas turmas onde não consigo produzir nada, a aluna reclama que “não passo nada no quadro”, que “não tem matéria nenhuma no caderno” e por isso não vem a minha aula. Balela, claro. E realmente, ela tem mais de 50% de faltas.
Pra quem já leus outros posts meus e conhece meu trabalho, sabe que utilizo muito a técnica do aluno-que-aprende-não-o-professor-que-ensina. É só ver alguns exemplos. Só que desde que entram na escola, têm como sinônimo de “aula” o cuspe-e-giz.
Mas tudo bem, este é o problema? “Peguem o caderno, vamos colocar matéria aí!”. Reclamação geral, quase linchamento da coitada.
Dividi o quadro em 5 partes e comecei. No meio da 2a parte a própria aluna reclama “chega professor, é muito!”. Nem dois quintos do quadro e eles já estavam reclamando, com os dedos doendo.
Mas então, peraí! Cópia é chato, exercício é chato, pesquisa é chato… hummm… que tal nada fazer?

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